Mesmo sem carnaval, sons automotivos e aglomerações causaram muita preocupação em cidades da região.
No dia em que o Brasil registrou a maior média móvel de mortes por Covid-19 de toda a pandemia do novo coronavírus (1.105), neste domingo (14), moradores de algumas cidades da nossa região viram com preocupação, transgressões e aglomerações acontecerem em bares e restaurantes. Sons automotivos provocaram balbúrdia e perturbaram o sossego das pessoas que, reclusas em casa, se indignaram com tais acontecimentos. Em Paramirim, o Bairro Vila Nova, nas imediações do Balneário, foi palco de muita movimentação, mesmo com as proibições dos decretos, pode-se perceber que não foram respeitadas as limitações de pessoas e a vizinhança assustou-se com a irresponsabilidade de proprietários que permitiram os exageros.
Difícil situação, quando quase nada se pode fazer para conter os abusos de jovens incoerentes, que até locaram imóveis para “comemorações particulares”, enquanto familiares idosos tentam se isolar e tornam-se vítimas das inconsequências dos filhos e netos. Não somente em Paramirim se percebe o aumento das mortes pela COVID, o país bateu o seu próprio recorde anterior, superando a média que era de 1.097 mortes, registrada em 25 de julho de 2020, no auge da primeira onda da pandemia. Com a maioria dos hospitais da região e até da capital com 100% de ocupação, muitos ignoram os riscos e tornam-se vetores da contaminação.
Nunca é demais relembrar que os dados estão aí: nas últimas 24h, o país registrou 647 óbitos pela doença e 22.440 novas infecções por Sars-CoV-2. Com isso, totaliza 239.294 mortes e a 9.833.695 pessoas infectadas desde março do ano passado. Nos últimos dias os registros têm sido ainda mais altos. UTIs lotadas, cidades do sertão sem qualquer recurso e muitas dificuldades nas transferências de pacientes graves, fato que pode se agravar nos próximos de dias, se nada for feito, chegaremos ao caos total em pleno sertão baiano.