Essa não é a primeira vez, que o governo federal libera recursos para amenizar o sofrimento dos pequenos agricultores que sofrem com a seca no sertão.
Diversas liberações de dinheiro, que dependem de projetos ou documentação comprobatória, necessitam de divulgação e orientação por parte de sindicatos, EBDA e demais órgãos ligados ao homem do campo e nada ou quase nada é feito no sentido de reunir os pequenos agricultores, que tem direito e muitas vezes não ficam nem sabendo sobre a liberação destes recursos, por falta de iniciativa dos responsáveis pelos órgãos que os ampara.
Toda a comunidade regional tem conhecimento de que sindicatos, associações de agricultores e órgãos cujos chefes ganham muito bem, deixam muito a desejar no que diz respeito à orientação, assistência técnica e acompanhamento dos agricultores e pecuaristas. "Só se vê algum movimento, quando precisam da gente para votação da diretoria, ou para mostrar pros chefes deles que estamos unidos" declarou um dos agricultores. " Não vejo ações constantes e frutíferas em nosso benefício, apenas o famoso tapinha nas costas, o churrasco no dia das eleições e só" declarou o homem do campo que não quis ser identificado.
Outro mais eufórico, denuncia: " Sindicatos e Associações de Trabalhadores Rurais, não mostram pro povão quanto arrecadam, cobram até taxas de quem já se aposentou e não apresentam cada detalhe de onde e como estão sendo gastos ou aplicados os recursos pagos pelos agricultores. Reúnem meia dúzia de associados, falam em números que o povo da roça não entende e dizem que prestaram contas". encerrou indignado o trabalhador.
Independente das denúncias formuladas por trabalhadores rurais, as quais devem inclusive serem apuradas pelo Ministério Público. Falando mais especificamente sobre orientações na aquisição e habilitação de Linhas de crédito, auxílios dos governos que estão constantemente à disposição de todos sofridos trabalhadores do sertão, realmente a imprensa e a sociedade é testemunha de que falta maior empenho, dedicação dos chefes de entidades, para que estes recursos, efetivamente cheguem ao pequeno agricultor.
Para se ter uma idéia, semana passada, a presidenta da República, Dilma Rousseff, autorizou o repasse de mais R$ 500 milhões, por meio da linha emergencial de crédito operada pelo Banco do Nordeste, para apoiar empreendedores e agricultores que vivem em estados atingidos pela estiagem. O total de recursos disponibilizados pela linha emergencial de crédito chegará à marca de R$ 2,4 bilhões até fevereiro. O novo aporte foi confirmado pelo ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho.
Para o ministro, os recursos autorizados pela presidenta Dilma Rousseff vão contribuir para redução dos prejuízos aos agricultores e pecuaristas. "A prioridade do governo é apoiar os agricultores familiares na manutenção de suas atividades mesmo nessa situação adversa", ressaltou o ministro. Em 2012, o montante total contratado na linha de crédito emergencial chegou a R$ 1,775 bilhão.
Funcionamento – A linha emergencial de crédito para estiagem disponibiliza recursos pelo Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), operado pelo Banco do Nordeste (BNB), para concessão de crédito de investimento, capital de giro e custeio agrícola e pecuário. O limite de crédito varia de R$ 12 mil a R$ 100 mil, com juros de até 3,5% ao ano. A maioria dos créditos contempla pequenos produtores rurais enquadrados no Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), em operações com juros de 1% ao ano e prazo de 10 anos para pagamento, com até três anos de carência.
Não se observa uma movimentação por parte destas entidades, anúncios na feira-livre (por exemplo), divulgação em veículos de comunicação, internet, enfim, não há esforços para conduzir e informar de maneira democrática e imparcial, os necessitados, especialmente os da área rural sobre os benefícios oferecidos, cujos recursos são um direito.
Existem inclusive, denuncias ainda não confirmadas, de que "alguns sindicatos" e chefes de órgãos ligado ao governo do estado, estão selecionando através de critérios políticos, por grau de parentesco ou amizade priorizando a documentação destas pessoas (seus apadrinhados), a se habilitarem ao crédito que é ofertado pelo governo a todos, sem exceção. Se realmente isso estiver ocorrendo, já passa a ser caso de polícia.