Júnior teve baixa votação geral, mas liderou em Livramento, sua base eleitoral

Fatos próximos e ou inusitados são os que mais interessam ao leitor. Uma árvore caída em sua rua atrai mais que um terremoto no Japão. Se o cão morder um homem, seria banal, mas se o homem morde o cão, vira notícia.

Junior: buscando pavimentar terceira via para 2016

Isso explica o interesse pelo duelo eleitoral local, sobrepondo-se ao pleito de governador e presidente, bem mais relevante, como em nossa terrinha, onde são aferidos, um a um, os votos de cada lado. Por aqui, a oposição venceu de 53% x 30% (deputado estadual) e 53% x 24% (deputado federal).

Na teoria acima, acrescenta-se outro postulado: o comércio de votos, com dinheiro dos candidatos, distribuído via cabos eleitorais, incluindo vereadores. Consta que pode ter chegado a R$50 mil, em média, o que explicaria o apoio a candidatos nunca vistos no município.

A notícia boa é o fenômeno político local da liderança absoluta do petista Gerardo Junior, com 8.884 (31%) dos 22.193 votos dados aos demais candidatos a deputado estadual. Bateu seu principal adversário, Nelson Leal (6.600), único a somar votos para a situação.

Júnior se consolida para a sonhada terceira via (2016) e foi, também, quem mais deu voto a deputado federal (Emiliano José: 2.758). Pelos números, ele se torna um líder oposicionista forte, pois, nos 11.700 votos do grupo, para estadual, estão os 8.884 dele, embora não fosse eleito.

Leal: 2º em Livramento, mas eleito com 
66 mil votos

A vitória numérica da oposição (estadual e federal) está fragmentada, sem qualquer convergência, incluindo PT, DEM, PSD e PV, PR, PTB, SD, com seu componente mercenário, situação altamente nociva ao município. Salvo, talvez, pelo fortalecimento da liderança de Junior, o campeão de votos.

Os demais tiveram desempenho pífio, como o trio Cidão Aracatu (vereador), Lafaiete Nunes e João Louzada (ex-vereadores) com 9,15% dos votos, para Luciano Ribeiro (DEM); e Carlos Batista (ex-prefeito), em dupla com Ricardinho, com apenas 5,89% dos votos para Ivana Bastos (PSD).

Ficaram em baixa o prefeito Paulo Azevedo (nada somou para estadual e só deu 3.522 votos a Lucio Vieira Lima, federal) e o ex-prefeito Carlos Batista (deu apenas 1.308 votos a Ivana Bastos e pouco somou para federal).                                                           Proporcionalmente, foi pior que Hugolino (1.916 votos para                                                Valdenor).

Por: Raimundo Marinho – Jornalista (mandacarudaserra.com.br)