Visita de dois dias, deve confirmar Otto Alencar para a reeleição ao Senado e promete alavancar nome de Wagner para Governador.
A última escala da viagem ao Nordeste do ex-presidente Lula acontece hoje e amanhã na Bahia. Aqui ele desembarca para rever aliados, reforçar a sua liderança incontestável e definir a vaga que irá disputar as eleições do ano que vem para senador. As negociações políticas devem ser a prioridade de Lula durante sua passagem por Salvador, com início marcado para esta quarta-feira (25). Não à toa, o primeiro local que o petista visitará será a Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA).
Lula participa hoje às 16hs de um encontro com movimentos sociais, com o tema “Combater a Fome e Reconstruir o Brasil”. No local, ele terá encontro com deputados, prefeitos e lideranças. Durante a noite, ele deve jantar no Palácio de Ondina com o governador Rui Costa (PT), com os senadores Jaques Wagner (PT) e Otto Alencar (PSD), além do vice-governador, João Leão (PP).
Nesse encontro com o ex-presidente, há a expectativa que Rui defina seu futuro político. O nome de Rui é ventilado para disputar uma vaga no Senado, o que o obrigaria a sair do governo estadual antes de finalizar seu mandato. Porém, o governador já revelou que gostaria de continuar no cargo até o final.
Na quinta-feira (26), a agenda de Lula começa com uma visita, às 9h, à Policlínica de Salvador, em Narandiba. O evento deve contar com a presença de Rui, Wagner e demais correligionários. A partir das 11h, está marcada uma breve coletiva de imprensa, onde o ex-presidente também deve alavancar o nome de Wagner, que é pré-candidato do PT ao Governo da Bahia.
No mesmo dia, Lula almoça com lideranças de partidos da base aliada no Hotel da Bahia, no Centro. Foram convidadas lideranças do PT, PSD, PP, PSB, PCdoB, PODEMOS e AVANTE. Pela tarde, a partir das 16h, ele se encontra com Movimentos Negros da Bahia na Senzala o Barro Preto, na Liberdade. Em coletiva de imprensa nesta terça-feira (24), o governador Rui Costa afirmou que espera que a visita de Lula pode ajudar a “intensificar o diálogo” com quadros interessados em fortalecer a “democracia” no país.
Otto Alencar (PSD), senador em final de mandato, só não será candidato à reeleição se não quiser – e ele quer. O PSD de Otto é também o do ex-prefeito Gilberto Kassab, que já declarou seu voto em Lula para barrar as chances de reeleição de Bolsonaro.