Prints de grupos do WhatsApp contendo ameaças de massacres já estão sendo investigados pela Polícia Civil

O município de Boquira, foi surpreendido na manhã desta segunda-feira (10), com boatos que se propagaram muito rapidamente, dando conta de que mensagens publicadas em grupos do aplicativo WhatsApp, informavam supostos ataques à escolas da rede municipal. Acreditando ser obra de algum incauto, que, surfando na onda de crimes recentes ocorridos no Brasil, ignorando não somente os crimes que cometeu, como também as severas consequências que certamente sofrerá, o autor teve a nítida intenção de “TOCAR O TERROR” apavorando pais de alunos, toda a classe de servidores da educação e a população em geral.

Assim que tomou conhecimento dos diálogos divulgados, a gestão municipal, na pessoa da Secretária de Educação Rita de Cassia de Oliveira Miranda Rodrigues, procurou a Delegacia de Polícia, registrando um boletim de ocorrência e solicitando providências no sentido de reforço na segurança e investigação dos fatos. De pronto, conforme consta no Boletim nº 0223492-2023, o Delegado Dr. Clemilton Figueiredo Martins, determinou a abertura de inquérito e iniciou a investigação, classificando inicialmente o caso como crime de ameaça, contra a Escola Maria José Dias Pires. No Print que o Jornal O Eco teve acesso, os autores em suas ameaças mencionam também outros estabelecimentos escolares e afirmam que “cumprir um suposto pacto, chegar nas escolas vão matar todos, tocar terror, não deixar ninguém vivo”. Relatam ainda que os ataques serão nos próximos dias.

Nossa reportagem entrou em contato com o Delegado Responsável pelo município de Boquira Dr. Clemilton Figueiredo Martins, que informou estar empenhado no trabalho de identificação das mensagens, com o objetivo de como ele próprio classificou, no caminho inverso, ir rastreando aparelhos até chegar a quem originou a postagem. Também falamos com o Capitão PM, comandante do Destacamento, Alexandre  Rodrigues, que confirmou ter conhecimento dessa situação, tendo inclusive, solicitado o reforço da PETO e outros destacamentos, no sentido de ampliar a segurança nas escolas e ruas do município, enquanto se trabalha na investigação do caso e se chegue aos autores. A Secretária Municipal de Educação, Professora Rita de Cassia de Oliveira Miranda Rodrigues, enviou nota à redação do jornal O Eco:

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DO MUNICÍPIO DE BOQUIRA – BAHIACOMUNICADO:

A Secretária Municipal de Educação de Boquira, Rita de Cassia de Oliveira Miranda Rodrigues, vem de público, REPUDIAR mensagens AMAEÇADORAS, propagadas nas redes sociais e especialmente nos GRUPOS do aplicativo WHATSAPP, que se tornaram públicas e chegaram ao nosso conhecimento na manhã desta segunda-feira (10/04/202).

Querendo acreditar que tudo isso não passe de mais uma FAKE NEWS, produzida por “alguém” com o objetivo de CRIAR PÂNICO, espalhando o MEDO em profissionais e alunos da nossa rede de ensino e ao mesmo tempo, buscando prevenir eventuais tumultos sociais, comunicamos o fato  imediatamente à polícia, registrando um BOLETIM DE OCORRÊNCIA, apresentando na DELEGACIA local, cópias de prints colhidos nos ditos GRUPOS DE WHATSAPP, bem como solicitando reforço na segurança e a apuração dos fatos, para que sejam INDENTIFICADOS e PUNIDOS com os rigores da Lei, conforme expresso no Art. 147 do Código Penal, que prevê Prisão de até 2 (dois) anos, e multa, se a conduta não constituir crime mais grave. Na hipótese de ser tipificado como terrorismo, a pena sobe para 12 e 30 anos de reclusão, além das sanções correspondentes à ameaça ou violência.

Em tempo, solicitamos aos profissionais da educação servidores, pais de alunos e a população em geral, que se porventura tiverem conhecimento ou alguma informação que leve a polícia ao autor de tal CRIME, entrem em contato com o Polícia Civil, Polícia Militar ou demais autoridades. Por fim, exortamos aos jovens e adultos, que ao receber as referidas mensagens, não reenviem. Procurem a delegacia para relatar o fato, bem como, a origem de tal ato criminoso.

VEJA CÓPIA DO BOLETIM DE OCORRÊNCIA: