Maior feito da operação foi prender Lula, sem crime e sem provas, para ajudar a eleger Bolsonaro.
O Ministério Público Federal (MPF) anunciou nesta quarta-feira (3) a dissolução da força-tarefa da Lava Jato no Paraná, principal braço da operação no país, segundo reportatem do Congresso em Foco.
A decisão foi anunciada um dia depois do deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo Jair Bolsonaro (ex-PSL) na Câmara dos Deputados, dizer novamente, em entrevista à rádio CBN, que a possibilidade de prisão em segunda instância foi uma construção casuística da Operação Lava Jato para prender o ex-presidente Lula e, assim, deixá-lo de fora das eleições de 2018,
O anúncio da dissolução do grupo ocorre também no momento em que se intensificam as denúncias de irregularidades praticadas pelo ex-juiz Sérgio Moro, que comprovam a parcialidade do então magistrado, que acabou virando ministro da Justiça de Bolsonaro, a quem ajudou a eleger ao prender Lula.
As primeiras informações sobre as irregularidades foram reveladas pelo Intercept Brasil, que desde junho do ano passado publica uma série de reportagens sobre mensagens trocadas entre Moro e os procuradores por meio do Telegram. As mensagens mostraram o conluio do ex-juiz com os membros da força tarefa paranaense. As reportagens ficaram conhecidas como Vaza Jato.
O conteúdo das mensagens apresentadas pelo site, atualmente confirmadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e liberadas para conhecimento da sociedade pelo ministro Ricardo Lewandowski, apontam que os investigadores atuaram em conjunto com o então juiz federal Sergio Moro, e tinham objetivos políticos com a operação – inclusive o de retirar Lula das eleições de 2018.