A Bahia amanhece na manhã desta quarta-feira (13), assistindo a uma nova açao da Polícia Federal (PF) em Salvador. De acordo com as primeiras informações, policiais estão realizando buscas no apartamento de uma irmã do Deputado Estadual Marcelo Nilo (PSL), que foi presidente da Assembléa Legislativa por alguns mandatos. Também há a presença de viaturas e agentes da PF no Villaggio Panamby, no Horto Florestal, bairro nobre da capital baiana, onde mora o deputado.
Pelo que se apurou até o momento, além das operações na casa do deputado Marcelo Nilo (PSL), ex-presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, na residência da irmã do deputado, que fica localizada na Avenida Cardeal da Silva, no bairro da Federação, também há ações dos federais sendo desenvolvidas na sede da SEFAZ – Secretaria Estadual da Fazenda do Estado da Bahia.
O Ministério Público Eleitoral, que participa das ações juntamente com a Polícia Federal, busca, dentre outras informações e provas, dados, documentos e papéis, da empresa de Pesquisas BABESP – Bahia Pesquisas e Estatísticas, que está sendo investigada por supostas fraudes e manipulações de resultados de pesquisas no período eleitoral. A empresa é ligada ao Deputado Marcelo Nilo.
Os alvos da operação foram os endereços residenciais e profissionais do político; de seu genro Marcelo Dantas Veiga; do sócio da Babesp Roberto Pereira Matos; e a sede da empresa Leiaute Comunicação. A operação visa apreender documentos, papéis, registros e dados arquivados em equipamentos de informática que possam contribuir com as
investigações.
Os mandados foram expedidos pelo Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE/BA), com base em representação formulada pela Procuradoria Regional Eleitoral na Bahia (PRE/BA), em procedimento que investiga o crime de falsidade eleitoral, previsto no artigo 350 do Código Eleitoral, envolvendo a empresa Bahia Pesquisa e Estatística LTDA – Babesp.
Os fatos são objeto de investigações em andamento tanto no Ministério Público Eleitoral quanto na Polícia Federal, que buscam apurar se o Deputado Marcelo Nilo prestou informação falsa à Justiça Eleitoral, havendo indícios de que ele seria o controlador de fato da Babesp e que utilizaria a referida pessoa jurídica para contabilização fraudulenta de recursos utilizados de maneira ilegal em campanhas politicas, o que se costuma chamar de “caixa 2”. Além disso, há suspeita de possível manipulação do resultado das pesquisas eleitorais divulgadas por aquela empresa.
Cerca de 30 policiais federais participaram da ação e dois membros da Procuradoria Regional Eleitoral acompanharam as buscas na Assembleia Legislativa e no endereço residencial do deputado.
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