Sociólogo Marcos Coimbra, que comanda um dos mais confiáveis Instituto de Pesquisas, também analisou a sobrevivência política da chamada terceira via.

Sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi, Marcos Coimbra disse nesta segunda-feira (9) que, historicamente, quem lidera as pesquisas de intenção de voto a esta distância das eleições — a cinco meses do voto nas urnas — costuma vencer a disputa. “O que sinalizam as mais recentes pesquisas eleitorais para presidência. Um recente estudo do Vox Populi, aponta vitória do ex-presidente Lula em 18 estados, inclusive em SP, maior colégio eleitoral do país”. Disse.

“É assim historicamente. Quem costuma liderar, acaba vencendo. Agora, podemos dizer que Lula tem um favoritismo que nunca tivemos. Pela diferença de votos que ele tem para o segundo colocado (Bolsonaro) e pela distâncias das eleições. Então, é um favoritismo consolidado. Isso significa que ele vai vencer? Não. Mas mostra que ele tem grande chance de confirmar essas intenções de voto”, disse em entrevista nesta segunda-feira a Mário Kertész, na Rádio Metropole.

Questionado por Kertész sobre a razão da terceira via não ter decolado na campanha, Coimbra disse que a ala da direita e centro-direita do país tem tentado uma alternativa por enxergar que Bolsonaro é um candidato que não representa estas ambições.

“Bolsonaro é um candidato ruim. Ele dialoga com um espectro da direita da direita. Quem está nessa área, mas quer qualificar o debate, busca um outro candidato que possa representá-los, mas isso é difícil. Bolsonaro ocupa esse espaço que o cargo lhe confere e impede que outros consigam disputar nessa via”, analisou.

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