Félix Mendonça celebra união estratégica e projeta grandes conquistas para a Bahia: “Estamos de volta à nossa casa!”
O cenário político baiano ganhou um novo capítulo, com a oficialização da entrada do Partido Democrático Trabalhista (PDT) na base do governador Jerônimo Rodrigues (PT). Em ato realizado em um hotel da orla de Salvador, o presidente estadual da sigla, deputado federal Félix Mendonça Júnior, selou a aliança com o governo, reforçando um movimento que vinha sendo articulado desde fevereiro, em Brasília, com a participação direta do ministro da Casa Civil, Rui Costa, e do presidente nacional licenciado do PDT, Carlos Lupi.
A adesão do PDT representa mais do que um gesto político, é, nas palavras de Félix Mendonça, “uma reconexão com as origens”. O dirigente ressaltou que “PDT e PT nasceram do mesmo sonho: um Brasil mais justo, com dignidade, inclusão e oportunidade para o povo. Essa aliança não é só política, é histórica, é ideológica, é construída com base na luta por um futuro melhor”.
Félix, uma das principais lideranças políticas da Bahia, com forte influência tanto na capital quanto no interior, especialmente na região sudoeste e no Vale do Paramirim, reafirmou o compromisso do PDT em colaborar com um projeto de desenvolvimento e fortalecimento da base progressista no estado.
O governador Jerônimo, por sua vez, foi enfático ao destacar que a aliança não se resume à união de siglas, mas visa a construção de um grupo coeso e qualificado de candidatos para as eleições de 2026. “Vamos desenhar chapas para federal e para a Assembleia, algo bem pactuado na política. Mas se eu tiver esses dois companheiros no Parlamento da Bahia, Silva Neto e Luciano Pinheiro, eu fecho os olhos porque terei dois gigantes aliados”, disse, referindo-se aos ex-prefeitos de Araci e Euclides da Cunha, respectivamente, que lideraram o movimento de aproximação do PDT com o Palácio de Ondina.
A chegada do PDT fortalece ainda mais a base de apoio de Jerônimo e já aponta para uma composição estratégica em 2026. O governador aposta na reeleição de Félix Mendonça Júnior para a Câmara dos Deputados e quer ampliar a bancada do partido, cogitando até a eleição de quatro deputados federais — um salto considerável diante da atual conjuntura.
“É possível que o número de candidatos do PDT não seja suficiente para formar chapas proporcionais competitivas em 2026. Então, pode ser que alguns que saíram do partido em 2022 queiram voltar, ou novos quadros cheguem. Mas não queremos montar isso para eleger qualquer um”, alertou Jerônimo, reforçando que o compromisso é com nomes que tenham “a identidade do PDT, que é um partido histórico”.
Félix também foi cauteloso ao tratar sobre distribuição de cargos, afirmando que a aliança não teve como moeda de troca postos no governo: “Não pedimos, neste momento, nenhum cargo ao governador. Acreditamos que essa aliança, costurada também nacionalmente, pode nos fazer crescer nas eleições”.
A movimentação é um claro sinal de que Jerônimo Rodrigues já está de olho nas eleições de 2026, e o ingresso do PDT representa um reforço importante para o projeto do PT de manter e ampliar sua força na Bahia. A união entre os dois partidos, que compartilham origens e ideais históricos, promete redesenhar o tabuleiro político estadual nos próximos anos.