Obras inacabadas da época de Geddel consumiram R$ 12 milhões de reais. Somente agora o Município conseguiu alocar recursos para implantar nova rede coletora.

Além de outras grandes obras de infraestrutura que estão sendo tocadas em Paramirim, como a construção de novas praças, espaços de lazer, dezenas de ruas e avenidas sendo pavimentadas, iluminação pública recebendo upgrade com tecnologia de led em diversos pontos de acesso a cidade e comunidades,  abastecimento de água em novos bairros, amplo programa de recuperação e manutenção das estradas, chama a atenção de moradores e visitantes o conjunto de obras para a reconstrução do saneamento que foi iniciado há alguns dias na sede, com o objetivo de corrigir e refazer praticamente do zero, uma antiga rede inacabada, que consumiu à época R$ 12 milhões de reais, sendo interrompida com menos de 50% da execução do projeto, deixando para trás um rastro de abandono, ruas intransitáveis e buracos que provocaram inclusive óbitos em consequência de acidentes.

Desde aquela época, quando o então Ministro Geddel Vieira Lima providenciou a liberação dos recursos, Paramirim e diversos outros municípios da região, tiveram suas ruas esburacadas e logo em seguida as obras foram abandonadas. Paramirim sofre com as consequências da irresponsabilidade, ruas danificadas, rede de esgoto inutilizada, enfim, milhões de reais em recursos públicos desperdiçados e a população literalmente entrando pelo cano, tendo que conviver com as ruas deficitárias e sem o completo atendimento no que diz respeito ao saneamento básico prometido.  Na época, não adiantaram denúncias ou qualquer outra manifestação, sumiu a Lucaia e faltou uma explicação contundente dos políticos sobre o ocorrido.

A atual gestão municipal, conseguiu finalmente alocar recursos da ordem de R$ 10 milhões de reais junto à CODEVASF – Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco e Parnaíba+, que licitou a obra, saindo-se vencedora a JAC Engenharia, para que seja refeito e concluído o projeto de esgotamento sanitário, contemplando todo o perímetro urbano, incluindo bairros periféricos que não constavam da relação de beneficiados no projeto anterior inacabado. Entre as intervenções, estão a execução de rede coletora e novas conexões ao sistema, além das estações de bombeamento e tratamento. Desnecessário falar sobre os inúmeros benefícios proporcionados por este projeto, que visam melhorar a qualidade de vida de quase 9 mil pessoas, habitantes na sede do município.

É importante ressaltar que a reportagem do Jornal O Eco, tomou conhecimento de algumas críticas de moradores, no que se refere aos diversos transtornos causados no decorrer das intervenções em ruas e avenidas. De fato, trata-se de uma situação delicada, que impacta no cotidiano das pessoas, comerciantes, enfim, de todos os habitantes. Em contato com a prefeitura e com representantes da empresa, nos foi informado que momentaneamente, as obras provocam interferências no trânsito e na locomoção dos pedestres, no entanto, os benefícios permanentes para a população serão imensamente maiores.

A secretária municipal de obras, Adeilza Mattos, assim definiu: “temos o compromisso em cuidar da cidade e cuidar das pessoas. Por isso, o saneamento básico é uma política essencial nesta nova missão e um direito de todos. Investir em infraestrutura significa retomar o desenvolvimento e garantir mais cidadania e dignidade após 10 anos dessas obras paralisadas. Investir na recuperação e finalizar toda a rede de esgoto, vai melhorar a qualidade de vida dos paramirinhenses. Desde muito antes do início das obras, nós já informávamos à população sobre os transtornos que ocorreriam com as necessárias obras de ligação de esgoto, em ruas já pavimentadas. Tudo está sendo feito para diminuir ao máximo os transtornos para a população, estamos fiscalizando e cobrando que os reparos sejam rápidos e feitos com qualidade”. Ressaltou Adeilza.