Funcionários de empresa mineradora podem ter sido principais vetores para aumento de casos.
Mesmo tendo sido destaque ao longo de toda a pandemia, com medidas austeras e vigilância constante, o que rendeu ao município reconhecimento pelo exemplo no cumprimento das metas de prevenção e combate ao vírus. Paramirim foi surpreendido nos últimos dias com um aumento significativo no número de contaminados. Um fenômeno inesperado, ocorreu a partir do dia 05 de julho, quando os índices do boletim epidemiológico marcavam 29 casos ativos, que saltaram para 60 contaminados no dia 07, um aumento de 107% em apenas dois dias.
A reportagem do Jornal O Eco apurou que uma das principais causas do aumento significativo e preocupante, foi a confirmação de diversos casos ativos em funcionários de uma mineradora que atua na extração de pedras em alguns pontos da área rural. A Secretaria Municipal de Saúde informou em nota, que a referida empresa suspendeu suas atividades e os colaboradores infectados estão em isolamento, sendo monitorados pela vigilância. O fato chamou a atenção da população que apreensiva, busca entender as causas.
Ainda de acordo com o que apurou a reportagem do Eco, muitos funcionários da citada empresa, bem como de outras firmas instaladas em Paramirim e nos diversos municípios da região, são originários de outros cantos do país e no período dos feriados, (neste caso os festejos juninos), retornam aos seus municípios para reverem familiares, sendo esta a principal porta para a disseminação do vírus, que permanece fazendo vítimas. Daí a necessidade de maior rigor e até obrigatoriedade da testagem periódica nesses trabalhadores que circulam livremente pelas cidades da região.
Sem adentrarmos no mérito da legalidade ou não na instalação dessas empresas, que geralmente utilizam profissionais de fora, fica o alerta não somente para Paramirim, como também para todas as demais cidades do Vale, que abrigam e permitem a atividade de extração mineral. Isso se estende às demais empresas prestadoras de serviços, empreiteiras e distribuidoras. Enquanto a população se esforça para cumprir os decretos, é justo que as prefeituras monitorem com mais rigor os trabalhadores destas empresas, que acolhem pessoas dos mais diversos cantos do Brasil.