Jornal /Tv O Eco testemunhou emoções vividas por moradores com a entrega das primeiras doses e início de imunizações no Vale do Paramirim.

A terça-feira (19) amanheceu ainda mais radiante para todos os brasileiros, afinal, mesmo que de forma simbólica, a tão esperada vacina chegou a cada canto do país. Apesar das dores incuráveis de milhões que perderam entes queridos, estigmas insanáveis, provocados pela pandemia e, no nosso caso, pela estupidez de um governante insano, finalmente conseguimos enxergar uma luz no fim do túnel. Toda a equipe de reportagem do Grupo O Eco de comunicação, testemunhou momentos inesquecíveis, um misto de emoção, felicidade, esperança, reflexão e alegria em cada município, que, mesmo de forma simbólica, recebeu um lote, representando uma pequena amostra do imunizante.  A chegada da vacina aos municípios do Vale do Paramirim e região, ainda não significa vitória contra a Covid-19, no entanto, esse  1º passo de uma longa batalha, reacendeu a chama da esperança na cura.

Impossível não se emocionar com o ato que marcou o início da vacinação em Paramirim, na memorável tarde de hoje, quando a enfermeira Glézia Oliveira da Silva, recebeu a primeira dose do imunizante, ela que atua na linha de frente contra a COVID-19 no Hospital Aurélio Rocha e há alguns dias, perdeu o seu pai em consequência dessa implacável doença. Em Caturama, os aplausos marcaram o reconhecimento ao prefeito e médico Dr. Paulo Mendonça, que fez questão de aplicar as primeiras doses da vacina em moradores pré-qualificados dentro dos parâmetros exigidos pela OMS. Já o município de Boquira, teve a honra de figurar como o primeiro a iniciar a vacinação, imunizando o médico Dr. Jurandir Javier Brito, de 75 anos e a idosa Laurice Novato Cardoso Leão. Cenas de fato marcantes, que emocionam até os mais experientes jornalistas, que presenciaram o início de uma reviravolta, mais uma vitória da ciência na história da humanidade.

De Dom Basílio a Jussiape, Rio de Contas a Oliveira dos Brejinhos, Novo Horizonte, Ibitiara e Brotas de Macaúbas na Chapada, vários acontecimentos e um só sentimento – a esperança de que tudo isso represente a saída almejada da pior crise vivida em séculos. Ibipitanga e Rio do Pires que também testemunharam a face cruel da doença que ceifou vidas jovens e pessoas estimadas no seio da sociedade, todos se emocionaram com esta chama da vida, representada pelas poucas doses de uma vacina. Evidentemente que ainda há um longo caminho a ser percorrido, todos têm consciência de que os cuidados e a prevenção ainda são ferramentas possíveis até que a imunização se torne ampla e acessível a cada cidadão. Mas, os acontecimentos de hoje, serviram para demonstrar que a cura está próxima e com organização e compromisso, é possível chegar a cada brasileiro.

A vacina destinada nessa primeira fase é a Coronavac, da chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. Com a cobertura em tempo real, as plataformas digitais do Grupo O Eco foram inundadas com interações e mensagens de alívio e felicidade. É compreensível e justificável. Afinal, a vacina é uma luz no fim do túnel na luta contra essa traiçoeira e mortal doença que vem assolando o mundo. Mas, mais importante do que festejar a chegada da vacinação, é ter consciência de que se trata apenas do primeiro passo dessa trajetória que promete ser árdua e longa para todos os envolvidos. Não é hora de afrouxar os cuidados, não é hora de afrouxar o isolamento social. Pelo contrário. É preciso seguir com as precauções, usando máscara, álcool em gel e evitando aglomerações. Isso porque, até que existam doses suficientes para todos, os efeitos práticos positivos da vacinação ainda vão demorar um bom tempo a serem sentidos. E até lá a ordem é se cuidar ao máximo.

A partir de agora, cabe, portanto, ao Ministério da Saúde e aos Governos Federal, Estadual e aos prefeitos municipais, trabalharem incansavelmente para garantir os milhões de doses necessárias a uma campanha de vacinação em massa, que se estenda a todos os cantos do nosso sertão, do estado da Bahia e do País com a maior urgência possível. A logística se mostrou eficiente, precisamos garantir insumos e pessoal necessários à imunização. Continuemos contritos em orações, para que Deus ilumine os cientistas e autoridades, para que todos os brasileiros tenham acesso às vacinas. Só assim poderemos deixar para trás tempos tão tristes e sombrios.