Moradores não imaginam que a tradição junina de décadas seja prejudicada. “Não acreditamos que tamanho prejuízo possa abalar a economia do nosso município”.
O município de Oliveira dos Brejinhos, encravado no polígono das secas, localizado entre o Vale do Paramirim e o território do Velho Chico, lugar que por algum tempo passou por muitas dificuldades devido a gestões pouco competentes, experimenta nos dias atuais, a maior revolução já vista, no que diz respeito ao trabalho de resgate das ações do executivo municipal, no sentido de devolver a dignidade, assegurar direitos e ofertar todos os serviços aos quais a população tem direito. Brejinhos é hoje um exemplo de transparência na gestão dos recursos públicos, tendo recebido diversos reconhecimentos, inclusive de órgãos fiscalizadores, entidades balizadoras, que monitoram e apresentam resultados individuais nos setores básicos como, educação, saúde, assistência social, infraestrutura e em especial, no trato com os recursos públicos. Tudo somado, confere a Oliveira dos Brejinhos o patamar de destaque entre outras gestões do interior baiano. Prova disso, é que o município foi contemplado pelo Ministério Público do Estado (MPE/BA), juntamente com os tribunais de contas e órgãos de controladoria da Bahia com o selo transparência nos festejos juninos 2024, por colaborar voluntariamente na disponibilização de informações sobre os festejos juninos. Segundo o atual gestor, “para além das pesquisas de avaliação de governo, que confirmam o que apontam órgãos técnicos responsáveis por monitorar cada setor, o município vai bem e o desafio é provar o contrário”. Mesmo diante de todos os avanços, gozando de uma saúde financeira invejável, possuindo planejamento e recursos que garantem o atendimento de excelência em todas as áreas essenciais, tendo hoje uma reserva financeira de R$ 21 milhões em caixa, tendo inclusive pago cinquenta por cento dos contratos das bandas, a gestão foi surpreendida com possibilidade de estar impedida de realizar a maior festa do município, os festejos de São Pedro, que além de representar a maior expressão da cultura, oferta de lazer a milhares de nativos e visitantes, folguedo que todos os anos atrai recursos e impulsionam a economia local, representa a culminância no que diz respeito à religiosidade, confraternização e entretenimento, sendo considerado o maior São Pedro desse pedaço da Bahia. Ao contrário dos boatos infundados, não existe nenhuma ilegalidade ou superfaturamento na contratação das bandas e o município dentro de um planejamento e responsabilidade em gerir os recursos, possui sim dotação orçamentária para a realização do São Pedro.
Longe de questionar qualquer decisão dos órgãos fiscalizadores, que certamente, após denúncia do vereador Claudio Coelho de Oliveira, apuram alegações de irregularidades, uma vez que, assim como a gestão municipal, prezam pelo cumprimento das Leis e normas que regulamentam as ações dentro do exercício do poder público, normas que devem ser cumpridas. O que intriga a população e representantes da imprensa regional, é que o dito vereador que provocou tal “situação”, em nenhum momento se manifestou sobre o assunto, sendo que diversos municípios, inclusive Ibotirama, realizaram e continuam a realizar festas populares, mesmo sob decreto de estiagem. Na percepção de populares de Brejinhos e região, esta foi uma ação meramente eleitoreira, que, ao contrário do que imaginam seus idealizadores, será vista no futuro como o maior “tiro no pé da história”. Afinal, defendemos a transparência nas ações públicas em todos os aspectos imagináveis. No entanto, sorrateiramente, utilizar-se do cargo para derrubar uma festa de São Pedro, depois de tantos preparativos, de toda cidade enfeitada, pelo mero prazer de praticar politicagem, sem nunca pensar nas consequências, é inaceitável.
Falando tecnicamente sobre o assunto, é verdade que o decreto de emergência reflete a preocupação do gestor com consequências imprevisíveis que todos os municípios estão sujeitos em decorrência dos fatores climáticos, como estamos presenciando no sul do país. Também é verídico que tal ação condiciona ações de contenção de gastos e atenção. No entanto, não é essa a realidade de Oliveira dos Brejinhos hoje, às vésperas do São Pedro. Se o tal decreto foi assinado há alguns meses, existia à época a preocupação de proteger a população e em caso de necessidade, recorrer ao apoio necessário naquele momento. Hoje, não é essa a realidade do município que está saudável financeiramente e que, como é também um dever, pode ofertar o lazer de qualidade, manter as tradições e atrair o aquecimento da economia local com a realização dos festejos, sem que haja o comprometimento em ofertar com qualidade os serviços públicos.
Intrigante é que como vereador, fiscal da Lei, representante do povo, o Sr. Claudio Coelho de Oliveira, que por sinal, possuía a informação de que tanto Ibotirama, como Oliveira dos Brejinhos e muitos outros municípios que sofrem com as agruras da seca, por uma questão de precaução, possuíam decretos de emergência em anos anteriores e mesmo assim realizaram os festejos juninos e nunca denunciou. Estranho é que, somente agora, por mera conveniência política, por militar no grupo da oposição decida tentar proibir a maior festa do município, com o intuito explícito de prejudicar a gestão, quando na verdade, estará prejudicando o povo, a economia, o nome de Oliveria dos Brejinhos e visitantes de toda a região, que já estavam de malas prontas para participarem da festa na cidade. Independentemente de adentrarmos no mérito dessa questão tão complexa, que envolve tantos outros municípios na mesma situação, a pergunta que não quer calar: por que o vereador somente nesse momento decide denunciar?
Diante desse impasse que já se tornou o assunto mais comentado na região, afinal, o São Pedro de Oliveira dos Brejinhos é aguardado por todos pelas grandes atrações, organização e por finalizar os festejos juninos em grande estilo, nossa reportagem entrou em contato com o prefeito do município, que confirmou os fatos ocorridos até aqui, ressaltando que ele e toda sua equipe está empenhada em lutar até o último momento para reverter essa situação, para que tudo seja esclarecido e o São Pedro aconteça como programado. “São coisas que acontecem. Existem aqueles que zelam pela lisura, transparência e pelo bom andamento da gestão em favor do povo. Existem aqueles que torcem pelo quanto pior melhor. Temos a convicção de que estamos fazendo o nosso melhor e temos visto os frutos do nosso trabalho, o reconhecimento em forma de aprovação da população. Nossa cidade está linda, graças a Deus, nos últimos detalhes de ornamentação, instalação de estruturas para a maior festa de todos os tempos, o que posso garantir é que fizemos tudo certo, temos a honra de abrir nossa gestão para qualquer tipo de avaliação, estamos orgulhosos de nossa saúde financeira, nosso povo bem cuidado e ansioso para festejar mais uma edição do tradicional São Pedro. Sem comprometer nenhum setor, estamos com dinheiro em caixa para ofertar o lazer e manter a tradição, além de promover o aquecimento do comércio. Vamos aguardar o que será decidido, posso garantir que o setor jurídico e contábil do município estão empenhados em resolver essa situação.” Disse o gestor.
