35 gestores oficializaram filiação ao PP no encontro estadual desta segunda-feira (30).

A festa que o PP de João Leão fez ontem na UPB para anunciar a filiação de 35 novos prefeitos cravou um fato: em matéria de prefeitos, o partido foi o que mais cresceu na Bahia nos últimos três anos. Elegeu 56 em 2016, ficou com 91.

Em números absolutos, só perde para o PSD de Otto Alencar, que elegeu 87, e subiu para 95. Os dois, com um total de 186, são absolutos, com mais da metade dos mais de 300 dos 417 que gravitam no entorno da base de Rui Costa. Isso sem levar em conta, dezenas de ex-prefeitos e pré-candidatos.

Quem mais perdeu nesse jogo foi o DEM de ACM Neto, que subiu de oito em 2012 para 34 em 2016, mas definhou tanto que o partido tirou do seu site a lista de prefeitos. Aliás, só deixou Elinaldo Araújo, de Camaçari, fora o próprio Neto em Salvador, o governante do município mais expressivo do partido.

Desgaste — É óbvio que estar prefeito, não assegura novo mandato, ainda mais considerando que muitos deles pontuam ruim e podem perder a eleição de 2020, mas, os números sinalizam positivamente sobre os humores das lideranças do interior em relação às estaduais.

Feira de Santana e Vitória da Conquista, por exemplo, as duas maiores cidades da Bahia depois de Salvador, têm no comando Colbert Martins e Herzém Gusmão, ambos do MDB, e dispostos a disputar a reeleição pelo partido. Resta saber se conseguem a proeza de modificar os números das pesquisas desfavoráveis.

Vale ressaltar que O MDB, foi o único partido da oposição a Rui Costa que cresceu em 2016, elegendo 47 prefeitos contra 45 de 2012. No conjunto, resta esperar as urnas de 2020 falarem.

Com o anuncio do vice-governador João Leão, sobre a filiação de 35 prefeitos no encontro estadual do partido na sede da (UPB), em Salvador, o PP pode ainda ser maior, já que o partido está conversando com outros seis gestores municipais. Entre eles está Wilker Torres (PSB), prefeito de Casa Nova, irmão do deputado estadual Tum que acabou também sendo anunciada sua entrada no partido.

Ainda no encontro, o presidente estadual do PP acabou fazendo um discurso de pré-candidato a governador ao criticar a concentração de receitas do Estado para a Região Metropolitana de Salvador (RMS). “A região representa 77.86% da receita do Estado, está errado gente, tá errado. (…) Nós não podemos continuar dessa maneira, temos que levar o progresso e o desenvolvimento para o interior da Bahia. (…) Esta é a luta do Partido Progressista também. (…) Quando comecei a nossa campanha eleitoral com Rui Costa, os companheiros do PT queriam começar a campanha de Salvador para o interior. Eu disse não, vamos começar a campanha do interior para Salvador e ganhamos a eleição com 75% dos votos”, disse João Leão ao dizer que o PP vai ganhar as campanhas a prefeito na capital e no interior baiano.