Caminhando para um fim melancólico, Tavim é escrachado nas redes sociais “Já pode pedir música no Fantástico”.
O município de Botuporã, mais uma vez passa pela decepção de presenciar as contas do gestor serem reprovadas pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). Experimentando um período difícil na sua história, Botuporã talvez seja uma das cidades do Vale com o pior desempenho em todas as áreas nos últimos anos. Terra do Saudoso Hedílio Brandão (Tila), que deixou um legado de trabalho, competência e prosperidade, hoje passa por maus bocados, com a falta de competência de um prefeito apático, que caminha para um final de carreira melancólico na política. Isso sem se falar nas diversas sanções que já responde pela má gestão dos recursos públicos, tendo as contas de 2015, 2016 e agora 2018, reprovadas pelo colegiado do TCM.
O Tribunal opinou pela rejeição das contas referentes ao exercício de 2018 de responsabilidade do gestor Otaviano Joaquim Filho, após análise criteriosa e decisão final divulgada nesta terça-feira (10/12). Dentre diversas outras irregularidades encontradas, a extrapolação do percentual máximo para despesa com pessoal – descumprindo a Lei de Responsabilidade Fiscal – foi a principal irregularidade que motivou a reprovação dessas contas. Antes disso, no ano de 2015 e também em 2016, estas e outras discrepâncias foram motivos para a reprovação das contas de Tavim, que agora, faz parte de uma “seleta”lista de gestores cujas contas foram triplamente rejeitadas pelo TCM.
O fato decepcionou ainda mais a população local, que já vive desiludida com a postura adotada pela atual equipe administrativa. Pelas redes sociais, pessoas indignadas desabafam, criticando o prefeito e sua equipe, que segundo a maioria, não correspondeu com as expectativas, mergulhando o município em uma crise que envergonha e atrasa o desenvolvimento. Segundo o TCM, em Botuporã, a despesa total com pessoal alcançou o montante de R$21.043.336,94, representando 60,10% da receita corrente líquida, quando o máximo permitido é 54%. O conselheiro Fernando Vita, relator do parecer, multou o prefeito Otaviano Joaquim Filho em R$43.200,00, pela não redução desses gastos, e em R$ 5 mil, face às demais irregularidades apontadas no relatório técnico. O parecer destacou a existência de deficit orçamentário, baixa cobrança da dívida ativa tributária e apresentação do relatório de controle interno em desacordo com as exigências legais.
A situação política que envolve o grupo que hoje governa o município é tão desmoralizante, que às vésperas de um ano eleitoral, quando a população irá escolher o novo prefeito, é bem provável que nenhum dos pré-candidatos a prefeito aceite o “apoio” político do atual gestor. Fato inédito na região, ligar seu nome ou candidatura ao grupo de Tavim, seria receber o “abraço da morte”em termos politico/partidário. Liderando as pesquisas, o médico Dr. Paulo Neves, não deve ser o candidato da situação e sim, lançar uma candidatura independente. Da mesma forma, os demais pré-candidatos Edmilson Saraiva e o ex-prefeito Moaci, não querem conversa com o prefeito. Pelo andar da carruagem, a política será decidida, sem que ninguém aceite o prefeito atual nos palanques de campanha. Lamentável.