Decisão põe fim em novela de intrigas no seio do grupo situacionista, devolvendo a harmonia entre lideranças e reestabelecendo a moralidade no grupo da situação. Prefeito havia sido desacatado em vídeo público.
Não por acaso, a reestreia do nosso quadro ecoando geral, acontece às vésperas do ano eleitoral, quando os olhares da população regional se volta para os acontecimentos que antecedem o 1º de janeiro de 2024. Para quem acompanha toda a trajetória do grupo O Eco de Comunicação, não é novidade que o título de matérias, novidades no cenário político, sempre estão ligadas a essa denominação no topo dos nossos textos polêmicos ou não, especialmente tratando de novidades sobre a política regional. Não seria diferente nesse momento crucial que antecede a disputa municipal de 2024, quando os eleitores de cada município, terão a oportunidade de decidir sobre o futuro dos próximos 04 anos das gestões municipais. Salvo algumas exceções, na maioria dos municípios da região, ainda irão dar as cartas, os caciques e grandes grupos políticos, na indicação dos candidatos.
Pelos levantamentos já realizados até aqui pelos Institutos de pesquisas do Jornal, dificilmente as chamadas “terceiras vias” terão oportunidades de encarar e inclusive vencer de primeira, os candidatos que já estão postos pelo lado ‘A’ ou pelo lado ‘B’. Essa é a realidade na maioria absoluta dos municípios do Vale do Paramirim, da região Sudoeste, do interior baiano e de todo o Brasil. Muitos irão indagar: “Por qual motivo, o Grupo O Eco de Comunicação, estaria atestando isso? Uma vez que, apesar de ser um jornal respeitado e com um histórico vencedor, se dedica em divulgar as ações políticas na região?” Exatamente por conhecer a fundo os bastidores da política, que afirmamos existir mais uma vez, a polarização na maioria absoluta dos municípios da nossa região. Vale ressaltar, que essa polarização se dá, pela falta de opções, pelo desinteresse e também pela visível “malandragem” de elementos que, assim como o excomungado Bolsonaro, mesmo vivendo da política há décadas, tentam se vestir de ovelhas do bem, quando na verdade são “velhos lobos” insatisfeitos querendo mais e mais de dinheiro público para si.
Nesse início de semana, o que já era esperado pela maioria absoluta da população de Paramirim e postergado por membros do grupo situacionista, veio à tona da forma mais esdrúxula do que se imaginava. Em mais uma cena monóloga, o deputado federal João Leão (PP), fez as honras a Tolinha, ao aposentado Luís Caires e ao agora ex-chefe de departamento de agricultura, Maurino. Todos em completo silêncio, amparados apenas na narrativa da velha raposa da política, João Leão, que em um dos trechos disse: “agora vamos transformar Paramirim”, prometendo várias barragens e outras ideias mirabolantes em vídeo disparado pelas redes. Há quem afirme que o diretor do Hospital Municipal Aurélio Rocha, deixa o grupo do prefeito Beto, incentivado pelo PP de Nelson Leal, que pode ter influenciado as articulações da filiação, afinal, é aliado de primeira hora do ex-prefeito Dr. Júlio.
Fontes idôneas confirmam que existe “um pré-acordo” entre Tolinha e o grupo de Dr. Júlio, para que este esteja alinhado com a oposição, uma vez que a sua saída se deu por não ter sido o escolhido para encabeçar a chapa de sucessão à prefeitura de Paramirim pelo grupo de Beto, que tem como favorito Dr. João Ricardo, que inclusive lidera as intenções de voto nas pesquisas. Enciumado, Tolinha já teria externado a sua indignação em outro vídeo. O que muitos duvidam é que Dr. Júlio indique Tolinha para encabeçar a chapa majoritária, nem sequer para o cargo de vice. A intenção seria um acordo, para que Tolinha tente retirar votos do grupo liderado por Beto, o que favoreceria a candidatura da oposição. Afinal, “água e óleo não se misturam”.
Para analistas políticos, Dr. Antônio deu um tiro no pé e além de não emplacar uma candidatura robusta como terceira via, corre o risco de ser usado pelos líderes da oposição. Vale lembrar, que as conversas que se ouve nos bastidores da política local, são de que, em insistindo pela terceira via, Tolinha que fora do grupo da situação, não possui capital político nem um grupo estruturado, pode repetir o que ocorreu em eleição passada, quando obteve pouco mais de 200 votos. Para uma das lideranças ligadas ao grupo da situação, que não quis se identificar: “Não se entende é a atitude impensada, sem quaisquer garantias, Tolinha perder o posto de Diretor do Hospital, que exercia há quase sete anos de governo Beto, se beneficiando também com o atendimento no PSF da sede do município, recebendo proventos que beiram R$ 50 mil reais. Muito bem acertado após os ataques sofridos, o gestor corta pela raiz, um problema que vinha se arrastando e provocando desgastes com outras importantes lideranças. A decisão foi considerada acertada para manter a moralidade e em tampo hábil para que sejam repostos quadros que venham a somar para o sucesso da gestão”.
Apesar de poucos acreditarem em grandes danos para o grupo situacionista, pois Tolinha não é o mesmo político atuante de antes, os impactos reais das movimentações que hoje ocorrem nas bases políticas locais, somente serão sentidas após a assimilação por parte da população e os rumos que cada grupo tomar. Isso será evidentemente monitorado através de pesquisas de opinião do jornal O Eco, que antes do final do ano, deverá realizar e divulgar novos números oficiais sobre a corrida eleitoral que visa o pleito municipal de 2024.