Presidente foi vacinado pelo vice Geraldo Alckmin com a quinta dose do imunizante da Pfizer que protege contra o vírus original e suas variantes, incluindo a Ômicron
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tomou a quinta dose da vacina contra a Covid-19 nesta segunda-feira (27) no lançamento da campanha nacional de imunização. O vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), que é médico, aplicou a vacina em Lula. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, e a primeira-dama, Rosângela Silva, a Janja, também participaram do evento realizado em um posto de saúde no Guará, em Brasília. Além de Lula, outras três pessoas foram vacinadas. O presidente tomou a vacina bivalente da Pfizer.
O imunizante bivalente é recomendado como dose de reforço para quem tenha recebido pelo menos duas doses contra a doença de qualquer laboratório, há quatro meses ou mais. O reforço protege contra o vírus original e suas variantes, incluindo a Ômicron, informou a Agência Brasil. De acordo com o Ministério da Saúde, a vacina melhora a imunidade contra o vírus da cepa original e também contra as variantes e tem perfil de segurança e eficácia semelhante ao das vacinas monovalentes.
“A vacina monovalente, como o próprio nome diz, tem um tipo só do vírus que causa a covid. Ela foi originalmente desenhada com aquele chamado vírus ancestral, o primeiro que apareceu na China no fim de 2019. Então, todas as vacinas que a gente tinha e usou até agora eram monovalentes, independentemente do laboratório fabricante”, explicou o diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, Juarez Cunha.
Inicialmente, a vacina bivalente será aplicada somente nos chamados grupos de risco. Conforme divisão anunciada pelo ministério, a imunização será feita da seguinte forma: na fase 1, pessoas acima de 70 anos, imunocomprometidos, indígenas, ribeirinhos e quilombolas; na fase 2, pessoas com idade entre 60 e 69 anos; na fase 3, gestantes e puérperas; e na fase 4, profissionais de saúde. “Essas populações, do que a gente tem nesses três anos de pandemia, são as pessoas que mais sofreram e mais sofrem com a doença. É importante termos um planejamento porque não tem vacina suficiente para incluir toda a população com a bivalente. A tendência é que, com o passar do tempo, a gente vá aumentando os grupos que vão receber.”
O ministério reforça que as vacinas monovalentes contra a covid-19 seguem disponíveis em unidades básicas de Saúde (UBS) para a população em geral e são classificadas como “altamente eficazes contra a doença”, garantindo grau elevado de imunidade e evitando casos leves, graves e óbitos pela doença. “A aplicação da bivalente não significa que as vacinas monovalentes não continuam protegendo. Elas continuam protegendo, mesmo para a variante Ômicron, mas, claro, tendo a possibilidade de uma vacina desenhada mais especificamente para a variante circulante, a tendência é termos melhor resposta.”