Segundo meteorologistas, as projeções indicam uma probabilidade de cerca de 85% de que a condição e El Niño permaneça até o fim deste ano e início de 2016. Isso significa poucas chances de grandes chuvas. "Teremos a possibilidade de chuvas no sertão agora no final de novembro, em dezembro e início do ano que vem. Porém, a preocupação é crescente com a quantidade das precipitações pluviométricas devido ao aquecimento global e o El Niño". Afirmou José Arquimedes.
Outras projeções para as chuvas de 2016 no semiárido nordestino não são animadoras. A provável consolidação do fenômeno El Niño, aquecimento das águas do Oceano Pacífico equatorial que dificulta a formação de nuvens, deve resultar em mais um ano de precipitações “abaixo do normal”.
Um estudo mais aprofundado da Fundação de Meteorologia e Recursos Hídricos, instituição que também norteia as discussões sobre clima no Nordeste. Afirma através do seu presidente Eugênio Borba: “as projeções indicam uma probabilidade de cerca de 85% de que a condição e El Niño permaneça até o fim deste ano e início do próximo ano.”
Após o quarto ano de estiagem, com poucas chuvas no geral, o semiárido nordestino acumula frustrações na safra, perda de rebanho, escassez da reserva hídrica, dificuldades no abastecimento das zonas urbana e rural. Isso também se deve a má gestão, irresponsabilidade dos órgãos controladores e fiscalizadores, além da influência do El Niño que é sempre a desculpa principal para tirar de foco a preocupação e responsabilidade que cada um deve ter para com o clima e o meio ambiente.
Existe a forte influência do fenômeno que exerce sobre a formação dos ventos e no deslocamento da Zona de Convergência Intertropical, condições meteorológicas que propiciam as chuvas no semiárido. Porém, temos que nos conscientizar de que somos nós os responsáveis pelo agravamento da crise hídrica.
Enquanto você lê essa matéria, preocupado (a) com o futuro da nossa região, do nordeste e as consequências de tanto descaso, o que estão fazendo neste momento as autoridades? Prepostos dos órgãos fiscalizadores, que por sinal recebem um bom salário e andam de caminhonetes novas? O que estão fazendo a respeito neste momento?
Talvez pedindo um aumento, se deliciando com um saboroso café da manhã em hotéis, cujas diárias gordas são pagas por nós pobres contribuintes. Como é difícil e dolorido comprovar tudo isso, sem que nada mude.
Acorda povo nordestino! "Alô autoridades competentes", novos maquinários se instalam a cada dia nas nossas nascentes, novos garimpos, pedreiras destroem o que restam das nossas serras, lixo e esgoto são derramados em nossos rios que agonizam, reservas naturais agora é mata liberada para a criação de gado e derrubadas. Até quando durará o silêncio?
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