Lídice da Mata, Lúcio Vieira Lima, José Carlos Aleluia e Geddel Vieira Lima estão entre os novos
A lista de pedidos de inquérito enviados pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, nesta terça-feira, 14, ao Supremo Tribunal Federal (STF) com base nas delações da Odebrecht inclui o ministro Marcos Pereira (Indústria, Comércio Exterior e Serviços), cinco governadores e quatro baianos (a senadora Lídice da Mata (PSB), os deputados federais Lúcio Vieira Lima (PMDB) e José Carlos Aleluia (DEM) e o ex-ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima (PMDB), segundo revelou o Jornal Nacional, da Rede Globo.
Em fevereiro, o jornal O Estado de S. Paulo revelou que delatores da empreiteira informaram os investigadores que Pereira negociou um repasse de R$ 7 milhões do caixa 2 da Odebrecht para o PRB na campanha de 2014. Os recursos compraram apoio do partido, então presidido por Pereira, para a campanha à reeleição da chapa formada por Dilma Rousseff e Michel Temer.
O Jornal Nacional também relevou outros 21 nomes, além de Pereira. Serão alvo de investigação os governadores de Alagoas, Renan Filho (PMDB); do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB); de Minas, Fernando Pimentel (PT); do Acre, Tião Viana (PT); e do Paraná, Beto Richa (PSDB). As investigações de governadores precisam ser enviadas para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), que tem competência para investigar chefes do executivo estadual
De acordo com o jornal da Rede Globo, estão na lista de investigados ainda os senadores Lindbergh Farias (PT-RJ), Jorge Viana (PT-AC), Marta Suplicy (PMDB-SP) e Lídice da Mata (PSB-BA). Na Câmara, são alvo de pedidos de abertura de inquérito Marco Maia (PT-RS), Andrés Sanchez (PT-SP), Lucio Vieira Lima (PMDB-BA), José Carlos Aleluia (DEM-BA) e Paes Landim (PTB-PI).
Serão investigados em outras instâncias por não terem foro no STF nem no STJ o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB), o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB), os ex-ministros Geddel Vieira Lima e Edinho Silva, o ex-assessor da presidência Anderson Dorneles, e o presidente da Fiesp, Paulo Skaf.
Conforme o Estado publicou nesta quarta-feira, há pedidos de investigação para outros cinco ministros das 29 pastas da gestão Temer. São eles Eliseu Padilha (PMDB), da Casa Civil, Moreira Franco (PMDB), da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Kassab (PSD), das Comunicações, Bruno Araújo (PSDB), das Cidades, e Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), das Relações Exteriores.
Todos os pedidos devem ser analisados pelo ministro do Supremo Edson Fachin.
Alvos da lista
Ministro
Marcos Pereira (PRB), Indústria, Comércio Exterior e Serviços.
Governadores
Renan Filho (PMDB), de Alagoas. Ele informou que as doações recebidas foram dentro da lei.
Luiz Fernando Pezão (PMDB), do Rio de Janeiro. Informou que desconhece o teor do pedido e está à disposição da Justiça.
Fernando Pimentel (PT), de Minas Gerais. O petista não se manifestou.
Tião Viana (PT), do Acre. O governador não se manifestou.
Beto Richa (PSDB), do Paraná. O tucano disse desconhecer o contexto da citação a seu nome.
Senadores
Lindbergh Farias (PT-RJ). Petista afirmou que a investigação vai esclarecer os fatos. Ele negou irregularidades.
Jorge Viana (PT-AC)
Marta Suplicy (PMDB-SP)
Lídice da Mata (PSB-BA). A senadora afirmou que "tudo será esclarecido" após as investigações.
Deputados
Marco Maia (PT-RS). Petista afirmou desconhecer o teor do pedido de Janot e disse repudiar a divulgação "seletiva".
Andres Sanchez (PT-SP). O deputado negou participação em irregularidades.
Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA). O peemedebista não se manifestou sobre o pedido de Janot.
José Carlos Aleluia (DEM-BA)
Paes Landim (PTB-PI). O parlamentar afirmou que as todas as doações que recebeu foram legais e que teve as contas aprovadas pela Justiça Eleitoral.
Prefeitos
Duarte Nogueira (PSDB-SP), prefeito de Ribeirão Preto
Edinho Silva (PT-SP), prefeito de Araraquara. O ex-tesoureiro petista afirmou que sua conduta foi dentro da legalidade.
Outros
Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), ex-ministro do governo Temer. Geddel não se manifestou sobre o pedido da Procuradoria-Geral da República.
Sérgio Cabral (PMDB-RJ), ex-governador do Rio. O peemedebista informou que só vai se manifestar após ser notificado oficialmente.
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ex-presidente da Câmara. O deputado cassado afirmou que as delações premiadas da Operação Lava Jato não têm se amparado em provas.
Paulo Skaf (PMDB-SP), presidente da Fiesp e candidato a governador de São Paulo em 2014. Skaf disse que todas as doações recebidas por sua campanha foram legais.
Anderson Dornelles, ex-assessor da ex-presidente Dilma Rousseff. Dornelles não foi localizado.