Levantamento mostra o Governador perdendo 9 pontos percentuais em relação a abril, quando tinha 63% de aprovação da gestão. Agora o índice caiu para 54%
Uma pesquisa divulgada pela Quaest ontem (12) revelou uma queda na aprovação do governo Jerônimo Rodrigues (PT) na Bahia. Em abril, 63% dos entrevistados aprovavam a gestão, mas o índice caiu para 54% no levantamento mais recente. A desaprovação subiu de 32% para 35%, enquanto o percentual de pessoas que não responderam cresceu de 6% para 11%.
Os dados também indicam que o índice de baianos que acreditam que o estado está piorando aumentou. A percepção de que a Bahia está melhorando caiu de 46% para 42%, enquanto a de que está piorando subiu de 20% para 23%. Já o percentual dos que acreditam que “está igual” permaneceu próximo, com 30% agora, contra 31% em abril. Na capital, 31% dos entrevistados disseram que a Bahia está piorando, a maior proporção entre as regiões. Já a percepção de que está melhorando é mais expressiva na Região Metropolitana de Salvador (46%), enquanto no interior prevalece a opinião de que “está igual” (33%).
Além da aprovação e desaprovação, a pesquisa avaliou a atuação de Jerônimo Rodrigues como positiva, regular ou negativa. Em todo o estado, a avaliação positiva caiu de 38% para 32%, enquanto a negativa subiu de 16% para 22% e a regular passou de 39% para 35%. Na capital, 36% avaliaram a gestão como negativa, um percentual mais elevado do que na Região Metropolitana de Salvador (21%) e no interior do estado (19%). Já a percepção positiva foi maior na Região Metropolitana (36%), enquanto na capital ficou em 27% e no interior em 32%.
Temas
A Quaest também analisou a percepção dos baianos sobre áreas específicas da gestão estadual. Entre os temas mais criticados estão segurança pública, transporte público e geração de emprego e renda, que registraram os piores índices. Em contrapartida, as áreas de educação, infraestrutura e mobilidade, habitação e saúde apresentaram melhora em alguns indicadores, mas com oscilações negativas em relação ao levantamento anterior. Na segurança pública, 42% dos entrevistados avaliaram a atuação como negativa, enquanto apenas 31% consideraram positiva. No transporte público, 37% deram avaliação negativa, frente a 33% positiva. A geração de emprego e renda foi avaliada negativamente por 35%, enquanto 34% avaliaram como positiva.
Nos demais setores, a percepção positiva também recuou. Na educação, o índice caiu de 54% para 50%; na infraestrutura e mobilidade, de 52% para 43%; na habitação, de 47% para 41%; e na saúde, de 39% para 35%. Apesar disso, a geração de emprego e renda apresentou leve melhora na avaliação positiva, que passou de 33% para 34%, embora o índice negativo também tenha crescido de 30% para 35%.
Evidente que a oscilação de números em meados de um governo, além de normais, servem para nortear governantes no sentido de aprimorarem suas ações. Resultado de momento, há praticamente dois anos do pleito estadual de 2026, possuem pouca significância eleitoral. No entanto, os sinais de alerta devem ser considerados e rotas repensadas. O estudo, realizado entre 4 e 9 de dezembro, ouviu 1.200 pessoas com mais de 16 anos em todo o estado e tem uma margem de erro de três pontos percentuais.