Vale do Paramirim e toda a macrorregião tem explosão de casos. Órgãos públicos retornam protocolos rígidos e a variante ômicron espalha o vírus e a insegurança.
Especialistas ouvidos pelo Jornal O Eco, afirmam que a região, assim como a Bahia e o Brasil, vivem nesse momento o maior surto de contaminação desde o início da pandemia. Diversas cidades retornaram com os protocolos, inclusive restringindo acesso aos órgãos públicos e exigindo comprovante de vacinação, além de decretos com o intuito de frear a doença. No entanto, segundo especialistas em saúde, a coisa fugiu completamente do controle das autoridades sanitárias, pois, com a vacinação em curso, são poucos os casos de infecções que necessitam de atendimento médico. Se por um lado isso representa a eficácia da vacina, por outro facilita a disseminação, já que, a maioria das pessoas com sintomas leves da doença, sequer fazem o teste.
Ainda segundo a opinião de especialistas, hoje os casos conhecidos de contaminação pelo coronavírus, representam um terço da infecção generalizada que está se instalando na região, ou seja, com o advento da gripe, aliado ao temor de realizarem o teste e estarem positivadas, fazem com que milhares de pessoas infectadas, deixem de procurar os estabelecimentos de saúde para verificarem a situação real. Daí o descontrole no número de casos e a consequente disseminação em massa do vírus. Se antes era possível isolar e monitorar praticamente todos os casos identificados de COVID-19 nos municípios, na atual situação isso se tornou impossível. Existem muitas pessoas infectadas e não testadas circulando pelas ruas e transmitindo a doença, a maioria de forma involuntária. Existem ainda as que mesmo sabendo que estão contaminadas se negam a cumprir quarentena, contaminando outras pessoas, o que segundo a Lei 2.848 do Código Penal, constitui crime de saúde pública, passível de punição com multa e até prisão.
Diante de um cenário que volta a ser sombrio no nosso Vale do Paramirim e municípios adjacentes, percebe-se os esforços de Prefeitos e Secretários Municipais, bem como, de todas as equipes de saúde em vacinar e zelar pelos protocolos de segurança, até pelo risco da falta de leitos e UTIs, uma vez que a demanda já pressiona todos os centros especializados o que agrava a situação aqui pelo sertão. A consciência de cada cidadão em tomar a decisão correta em casos de suspeita da doença, a postura de se isolar, protegendo a si mesmo e ao próximo, será decisiva nesse momento de extrema insegurança. Ressaltando, que além dos não vacinados ou aqueles com a vacinação incompleta, existem muitos pacientes já vacinados nos hospitais com reinfecção. A vacina é a salvação, mas, precisamos fazer a nossa parte, para que consigamos chegar ao fim desse tormento.
Vale registrar, que nossa reportagem conferiu de perto a situação em diversas cidades da região, comprovando a preocupação das prefeituras e demais órgãos públicos que adotaram medidas restritivas e limitação de acesso para proteger servidores e a população. Esse é o caso de Brotas de Macaúbas, Oliveira dos Brejinhos, Ibitiara, Ibipitanga, Boquira, Rio do Pires, Caturama, Paramirim, Livramento de Nossa Senhora, Rio de Contas e Dom Basílio, cidades visitadas, que apesar de sofrerem com o aumento de casos, tendo inclusive diversos servidores infectados, buscam evitar a exposição e seguem à risca os protocolos de segurança.