A grande festa da democracia arranhada pelos ataques virtuais.

O que se imaginava para uma campanha civilizada, mesmo com todos os esforços de autoridades, punições e endurecimento de medidas aos infratores, no ambiente virtual o que se viu na Bahia e, especialmente em nossa região, foi o maior festival de baixarias, vulgaridades, ataques à honra, crimes de calúnia, ofensas à famílias e até a memória de quem não mais está entre nós. Talvez a velocidade com que tudo isso ocorreu, especialmente no final da batalha política, dificultou punições, cujos processos ainda se amontoam nos tribunais.

Inicialmente, imaginava-se que todos os que se desviassem das boas condutas, seriam exemplarmente punidos, afinal, as redes sociais deveriam ser a extensão do relacionamento interpessoal, pelo menos era isso que o cidadão de bem esperava com as tão propagadas Leis de proteção e vigilância dos atos de internautas, que teriam seus sigilos quebrados, plataformas punidas e obrigadas a bloquearem tais elementos, enfim, de fato o que se presenciou, foi a maior enxurrada de ofensas, ataques gratuitos, desconstruções de imagens e no entanto, muito pouco, ou quase nada foi efetivamente apurado e devidamente punido com os rigores da Lei.

Longe de estarmos defendendo candidatos, atestando honra de família A ou B, somos obrigados a expor o verdadeiro circo de horrores que se transformou o ambiente virtual, seja nas plataformas convencionais ou aplicativos de mensagens, tudo se transformou em armas de alto poder destrutivo, descontrole total, que em muitos municípios ainda persistem. Mesmo depois de finalizadas as eleições municipais, as afrontas, palavras de baixo calão e todo o ódio seguem sendo destilados contra pessoas e empresas. Evidentemente que a justiça não possui aparato para inibir milhares de mensagens compartilhadas. Cabe ao cidadão buscar seus direitos, não se dar por vencido. Prints, provas e ações judiciais, são as armas que possuem poder de barrar tanta maldade.

Nossa empresa e seus representantes, por estarem atuando diretamente no processo democrático, realizando pesquisas, levando notícias, como sempre se postou nesse período eleitoral, mesmo tendo comprovado mais uma vez toda competência nas urnas, foi alvo de inúmeras calúnias, difamações, Fake News, inclusive de políticos e militantes que respaldados por informações falsas de empresas inescrupulosas, espalharam verdadeiras aberrações em forma de pesquisas falsas, encomendadas para combaterem prognósticos baseados na verdade de momento que apresentávamos e ao final restou evidenciada nossa idoneidade.

Enquanto alguns candidatos, diante da impossibilidade de aglomerações, entendendo que teriam pela frente uma nova realidade, com a internet como meio de levarem suas mensagens e propostas, se prepararam, cercando-se de profissionais e entendidos da área para adentrarem as residências com lives agradáveis, muita interatividade e discussão de projetos, outros fizeram do mesmo ambiente campo de guerra, preparando militância para ataques, desconstrução, xingamentos e toda espécie de mentira e baixarias. Só não consideraram o discernimento popular, a repulsa da maioria da população que respondeu nas urnas.

Ainda desnorteados pelas derrotas inquestionáveis, aqueles que optaram pelos ataques gratuitos, pelo uso de técnicas ilegais e deploráveis para através de perfis fakes tentarem destruir reputações, amargam o desalento de verem seus esforços maléficos caírem diante de uma sociedade de bem, que não está interessada em assistir o circo de horrores, não se deixou abater por falsos profetas e suas pesquisas fajutas que assim como os candidatos derrotados, desapareceram do mapa para, quem sabe, retornarem em quatro anos, talvez com novas técnicas, para as quais a sociedade estará preparada. Por fim, que os exemplos de incivilidade demonstrados nessa campanha, tanto no ambiente físico como no virtual, sirvam de alerta para que deputados e senadores, busquem ampliar Leis específicas para um mundo cada vez mais virtual.