Fotos e Informações: Blog Noticias da Lapa
Produtores de banana do Projeto Formoso, com o apoio da população, promoveram na manhã de ontem (30) uma manifestação nom trevo de acesso a entrada da cidade de Bom Jesus da Lapa em apoio a greve dos caminhoneiros e contra o preço dos combustíveis.
Segundo os produtores a situação está inviável. “Não tem como produzir, tudo que você ganha é para cobrir os gastos. Você trabalha tanto, paga tanta conta, no final não sobra nada. Se já não bastasse as nossas dificuldades internas para produzir, ainda temos esse governo que está de brincadeira com a gente. Hoje já completaram-se 10 dias que as vias estiveram interditadas, estamos perdendo tudo, é muito prejuízo, e o Temer continua com o mesmo discurso”, disse um produtor revoltado.
“Apoiamos a greve dos caminhoneiros, entendemos que ela é necessária, ninguém aguenta mais tanta roubalheira, tanto imposto, e no final, somos nós que pagamos esse custo. Precisamos de uma solução urgente, do contrário as perdas serão irreparáveis. Todos os produores que atuam no perímentro já estão perdendo milhões, todo município e a região está perdendo com isso, deixamos de gerar renda, emprego para a população”, finalizou.
Durante o ato, um caminhão de banana foi descarregado no chão e os frutos distribuídos gratuitamente para a população. Todo ato foi acompanhado pela Polícia Militar de Bom Jesus da Lapa. A mobilização na Lapa foi convocada por meio dos grupos de whatsApp durante o dia de ontem contra os aumentos considerados abusivos e reivindicam a redução do imposto no diesel e na gasolina, além de manifestarem o desejo da saída de Michel Temer da Presidência da República.
Apesar de se anunciar o fim da manifestação hoje (31), as rodovias estão desertas devido ao desabastecimento ocorrido com a greve dos caminhoneiros. Em todos os posto de Bom Jesus da Lapa faltam combustíveis e gás de cozinha, e empresas que dependem de insumos como verduras, legumes, frutas relatam que ainda irão enfrentar dificuldades pelos próximos dias, isso, sem falar que algumas mercadorias se estragam no campo. Os consumidores já estão sentindo o reflexo no bolso ao adquirir mercadorias e serviços, afinal, como já era esperado, é sempre o povo que acaba pagando a conta.