A Câmara Municipal de Rio de Contas, em sessão realizada no último dia 21/12, aprovou por unanimidade a lei que institui o direito de 13º salário e terço de férias aos vereadores. Tal medida tem gerado polêmica, uma vez que trás como principal consequência um aumento significativo de despesas ao erário público, principalmente tendo em vista a atual situação de dificuldade econômica que enfrenta os municípios do País.
Outro ponto que chama a atenção, é que mesmo sendo clara a importância do tema objeto da votação, não pôde ser observado um mínimo de empenho para que a população se fizesse presente, fato um tanto intrigante, afinal, em votações anteriores, inclusive onde a pauta versava sobre matérias consideradas como inconstitucionais, foi demonstrado todo o interesse e dedicação, a fim de viabilizar o comparecimento dos munícipes.
Torna-se evidente, portanto, certa confusão no tocante às demandas que de fato são relevantes ao interesse público, a exemplo da recente suplementação de 80% solicitada pelo poder executivo, onde na oportunidade apenas 10% foi aprovada pela Câmara, decisão esta que prejudica drasticamente a prestação de serviços públicos com qualidade, essenciais à população.
Diante disto, torna-se necessário um questionamento dos cidadãos Rio Contenses a respeito do que seria o real exercício da função de legislador, em prol de decisões pautadas em lei e que sejam mais benéficas à população, não admitindo deliberações equivocadas e mal intencionadas, pautadas apenas em rivalidades políticas gerando efeitos negativos, que atentam contra a supremacia do interesse coletivo.