O governador Rui Costa afirmou que desconhece a investigação da Polícia Federal, que deflagrou operação nesta terça-feira (4) na Bahia, e disse que recebeu "com estranheza e indignação" a notícia de que ele seria um dos alvos da ação da PF. Diz ainda que não houve "qualquer procedimento legal" em relação a ele envolvendo a operação da Polícia Federal.
Segundo o governador, ele está à disposição das autoridades para prestar quaisquer esclarecimentos necessários sobre qualquer assunto. Em relação às contas de sua campanha eleitoral, em 2014, Rui lembra que foram aprovadas de maneira unânime pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), tendo deixado todas suas dívidas da época registradas.
Rui afirma ainda que nunca teve nenhuma relação, pessoal ou profissional, com a agência de publicidade Propeg, outro alvo das investigações. O governador afirmou que não vai comentar o conteúdo da delação premiada referente à campanha – o partido e a coordenação da campanha já esclareceram o assunto, diz a nota. Segundo delação de Danielle Fontes, empresária ligada à agência Pepper, o governador teria participado de negociações para pagamento de caixa 2 durante sua campanha.
O governador diz que estará "atento" ao que chama de "manobras" que buscam atingir o seu trabalho no governo. "Talvez a alta aceitação da nossa gestão incomode. No entanto, o trabalho e a intransigente defesa dos interesses da Bahia vão continuar. As pessoas que mais precisam têm pressa”, finaliza.
Bancada do PT repudia ação
Em nota, a bancada do Partido dos Trabalhadores na Assembleia Legislativa da Bahia também criticou a ação. "A PF realizou uma operação de busca e apreensão com um mandado genérico, inespecífico e desacompanhado da decisão que determinou a sua expedição", diz o texto.
O documento fala ainda que em nenhum momento os dirigentes do PT negaram o acesso da Polícia Federal ou do Poder Judiciário aos documentos arrecadados e reforça que todos esses documentos estão encartados no processo de prestação de contas e são acessíveis por qualquer pessoa.