Disparos partiram de luxuosa cobertura de onde um grupo de servidores municipais e parceiros realizavam suposta “farra”.

A reportagem do Jornal O Eco foi surpreendida na manhã deste domingo (01/03), no momento em que realizava imagens aéreas de praças e avenidas da cidade de Paramirim, para documentário, quando o drone (aparelho credenciado pela ANAC), foi atacado por bombas lançadas de rojões por pessoas que se encontravam na cobertura de um dos mais luxuosos hotéis da cidade. Graças a perícia do piloto que também possui autorização vigente, não derrubaram o equipamento aéreo de Propriedade do Jornal O Eco.

Intrigados com a ação criminosa e surpreendente dos autores dos disparos, por instinto, nossa reportagem direcionou a câmera do aparelho para o local e, para surpresa total, foi identificada ninguém menos que a atual Secretária Municipal de Cultura de Paramirim, empunhando mais rojões que também foram acesos e disparados contra o drone. O leitor nota nas imagens, que há certo alvoroço e correria nos momentos que se sucedem os ataques. Pode-se identificar também diversos servidores da prefeitura, o que aparentemente denota uma “farra” na cobertura, churrasqueira, piscina, enfim, alguma festinha estava rolando e passaria despercebida se não fosse a atitude criminosa e suspeita da Secretária de Cultura, que, incomodada, imaginando estar sendo vigiada, atacou o equipamento aéreo.

Conhecedores dos procedimentos legais quanto à privacidade, nos limitamos a identificar os autores dos ataques que poderiam ter provocado tragédia maior caso o equipamento viesse a ser abatido, podendo inclusive causar mortes se atingisse transeuntes nas vias e na praça Érico Cardoso. Preservamos o nome do estabelecimento que nada tem a ver com tais atitudes e buscamos apurar o que ocorria de tão secreto, ao ponto do sobrevoou de um drone nos arredores causar tamanho alvoroço e reações violentas. Seríamos irresponsáveis como repórteres se não buscássemos apurar a verdade dos fatos. Em contato com fontes que solicitaram o direito ao anonimato, pessoas que presenciaram o ocorrido, confirmaram o churrasco que rolava, informando que a “farra” teria sido organizada de fato pelos servidores dos diversos escalões da prefeitura.

Quanto à confraternização, que segundo informações foi regada a cerveja, uísque e churrasco para alguns funcionários privilegiados, há quem afirme não vê nada de anormal, a interpretação é individual. Também é verdade que o caso ganhou enorme repercussão negativa para a atual gestão. Caso queira, caberá ao prefeito que se elegeu atacando os que detinham o poder à época, atribuindo desperdícios a um “bando de malandros”, apurar a origem dos recursos com aluguel de um dos espaços mais chiques de Paramirim, bem como quem pagou pelo farto bufê, quem bancou o encontro de servidores, chefes de setores e parceiros. De nossa parte, o departamento jurídico já analisa as providências cabíveis quanto ao ataque criminoso sofrido pela imprensa no exercício das suas funções, que nada tinha a ver com a tal “farra”.

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Por fim, não poderíamos deixar de externar nossa revolta com o ocorrido e com mais essa situação vexatória protagonizada por membros de um governo que pregava a moralidade, salário digno, desenvolvimento acelerado, geração de emprego para as famílias. Entretanto, na nossa visão, o que presenciamos é um município estagnado, sem perspectivas de crescimento, com a maioria da população em desalento, observando os melhores cargos do executivo ocupados por forasteiros ou gente repatriada, que, em sua maioria, não deu certo fora de Paramirim e hoje se vangloria, ocupando os melhores cargos de confiança no município, inclusive a Secretária que praticou o ato típico de terroristas.