A reportagem do Jornal O Eco, fez questão de acompanhar de perto, uma atitude repudiável, praticada pela maioria dos vereadores do município de Tanque Novo, que na noite do dia 28 de maio, numa demonstração de subserviência e desrespeito à população, disseram amém a um pedido absurdo do prefeito, que sem nenhuma explicação convincente, irá vender bens públicos (uma caminhonete L 200 e uma Patrol da Prefeitura).
Enquanto em municípios como Ibipitanga, Paramirim, Macaúbas, Botuporã, Rio do Pires, Caturama, Livramento, dentre outros, as máquinas do tipo Patrol são ferramentas indispensáveis para a reforma, abertura e conservação das estradas no interior. Enquanto prefeitos que porventura ainda não possuem tais equipamentos, lutam para adquiri-los, a atual administração municipal de Tanque Novo, não satisfeita com as diversas críticas sofridas, trata de se desfazer destes bens sem ao menos explicar o destino do dinheiro arrecadado com a venda. E o mais grave, recebe o aval dos vereadores situacionistas que também não se importaram com a opinião popular, muito menos em saber para onde vai o dinheiro.
Tanque Novo há alguns dias foi motivo de vergonha para a região, tendo sido destaque na imprensa nacional, por envolvimento da família do atual prefeito Élson Neves, (pai, mãe, irmão, sobrinhos e tia) em diversos crimes fiscais e contravenções, tendo a polícia levado presos em flagrante os parentes do prefeito que são acusados de desviarem cerca de 54 milhões do fisco. Parece que tudo isso não incomodou o prefeito, que, além de estar realizando uma administração considerada ruim, onde a saúde é precária a ponto de os vereadores, tanto de oposição, como da situação assumirem na sessão que o povo do município sofre com o descaso, tendo o hospital municipal apenas um único médico para atender toda a demanda diária, relatando casos de verdadeiro caos vividos pelos próprios edis, que são obrigados a buscar atendimento para pacientes em outros municípios como Paramirim e Guanambi.
No caso específico da venda da Patrol, trata-se de um assunto gravíssimo, uma vez que os vereadores oposicionistas relataram que as estradas vicinais se encontram em situação lastimável, em condições precárias, tendo os mesmos oficiado por diversas vezes o executivo municipal, que nem sequer se deu ao trabalho de responder à Câmara. Estão realmente em maus lençóis os vereadores que apoiaram estas atitudes do prefeito, que em fim de mandato, vende o patrimônio público, ignorando os apelos do povo e dos vereadores da oposição.
Só nos resta tornar público tais atos e lamentar a situação do povo de Tanque Novo, que ainda terá que aturar tantos escândalos pelo menos até dezembro quando esse prefeito dexará o poder. A esperança ainda resiste, para que os vereadores que concordaram com atos como estes, também recebam o julgamento da população local.
Acomapnhe o depoimento do vereador Sebastião Cardoso Pimenta (Tião de Pompílio) do PMDB:
"Há mais de dois anos que os vereadores de oposição, aqui em Tanque Novo, não se sentem mais à vontade para exercerem o papel de fiscal público, pois, o atual Prefeito não permite o diálogo, não mostra a cara na rua, não assina os projetos da câmara e o abandono em geral é nítido. Se já não bastasse as cobranças que Mário da Pipoca, Jovino Gomes e Quita de Benvindo veem fazendo em conjunto com Tião de Pompílio semanalmente ao Gestor Público Municipal, tais como a presença de médicos nos PSF's e hospital, remédios na Farmácia Básica, conserto do único aparelho de raio x, ambulâncias sem combustível, iluminação pública caótica, estradas estaduais e municipais sem manutenção, tanques entupidos na zona rural, arrocho salarial dos servidores públicos, etc, chegam os vereadores da situação (Zinho Branco, Juvêncio, Chico, Guedes e Messias) e aprovam a venda dos bens públicos, a exemplo da camionete L-200 Mitsubishi que era do Gabinete do Prefeito e posteriormente a Patrol, que tanto servia para fazer estradas na zona rural. Essa é a realidade de um prefeito que teve sua família presa no mês de dezembro/2011 e ao que parece, estão mais preocupados com o pagamento dos advogados da capital para livrar a cara deles, do que com a população que sofre com os desmazelos. É final de mandato!” encerrou.