Foi preso em Montes Claros, um homem suspeito de ter participação em sequestro, roubo a banco e do assassinato de um delegado de Barra da Estiva, Marco Torres. O suspeito cadastrou dois números de telefone celular com o nome e o CPF do presidente Michel Temer.
Guilherme Silva Fraga, de 27 anos, usava os aparelhos para manter contatos com os comparsas. Ele foi detido em operação desencadeada pela Polícia Civil da Bahia e de Minas Gerais nesta semana. O suspeito tem uma ficha policial na qual consta também o envolvimento assaltos a bancos, explosões de caixas eletrônicos e sequestros.
O presidente da República não teria sofrido nenhum prejuízo direto pelo uso indevido do nome dele e do CPF. O delegado de Investigações Especiais, Herivelton Ruas Santana, da da Polícia Civil de Montes Claros, informou que Guilherme Fraga foi levado para Vitória da Conquista (BA), onde está recolhido.
Dois integrantes do mesmo bando foram localizados em São Paulo, onde trocaram tiros com a policia. Um deles, Thales Deivison Souza, foi morto. O outro, Julio Carlos Pereira Rocha, foi preso. Guilherme Fraga é o suspeito do assassinato do delegado de Barra da Estiva (BA), Marco Antônio Torres.
As investigações apontaram Guilherme como líder do grupo criminoso e que ele tinha fugido para Montes Claros. A policia baiana entrou em contato com a Polícia Civil de Minas, sendo montada uma operação conjunta das forças policiais dos dois estados. Guilherme Fraga acabou sendo preso em uma casa alugada no Bairro Sagrada Família, na região Sul de Montes Claros, onde morava sozinho, sem levantar suspeitas de envolvimento com o crime.
O delegado de Montes Claros, Herivelton Ruas acredita que o marginal pode ter usado o nome e o CPF de Michel Temer para cadastrar os telefones celulares a fim de dificultar as investigações, buscando “blindar” os aparelhos de medidas judiciais para escutas ou interceptações.
O policial disse ainda que não se sabe até o momento como o suspeito Guilherme Fraga conseguiu o número do CPF de Michel Temer e cadastrou telefones celulares em nome do “Isso mostra uma certa fragilidade das operadoras e do próprio sistema de controle”, avalia Herivelton Ruas.