Empresários e políticos baianos estão entre os investigados; PF reprime crimes de desvio de recursos públicos

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (10) uma operação de grande porte para combater o desvio de recursos públicos destinados à saúde. A operação “Copia e Cola”, tem o objetivo de desarticular organização criminosa voltada ao desvio de recursos públicos destinados à saúde. A investigação teve início no ano de 2022, após suspeitas de fraudes na contratação de uma Organização Social (OS) para administrar, operacionalizar e executar ações e serviços de saúde no município de Sorocaba/SP. Também foram identificados atos de lavagem de dinheiro, por meio de depósitos em espécie, pagamento de boletos e negociações imobiliárias. A cidade de Vitória da Conquista, no sudoeste baiano, foi um dos principais alvos da ação, que ocorre simultaneamente em diversos estados.

De acordo com fontes, a operação tem como objetivo desarticular um esquema criminoso que vinha desviando verbas federais que deveriam ser investidas em atendimentos médicos, compra de medicamentos e manutenção de unidades de saúde. Em Vitória da Conquista, os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços residenciais e comerciais ligados a empresários e políticos baianos, suspeitos de envolvimento direto no esquema. Foram apreendidos documentos, computadores e celulares que agora serão analisados pelos investigadores.

Segundo apurações preliminares, o grupo operava por meio de empresas de fachada, contratos superfaturados e licitações fraudulentas. A PF informou que os indícios contra os investigados são “graves e consistentes”, e que novas fases da operação não estão descartadas. Os nomes dos suspeitos não foram divulgados oficialmente, em razão do sigilo judicial que ainda envolve o caso.

A operação conta com apoio do Ministério Público Federal (MPF) e da Controladoria-Geral da União (CGU). Juntas, as instituições trabalham para identificar todo o caminho do dinheiro desviado e responsabilizar os envolvidos. A Polícia Federal ressaltou que a ação faz parte de um esforço permanente para reprimir crimes contra a administração pública, com foco especial na defesa dos recursos da saúde, considerados essenciais para a população.