Suspeito de estuprar 15 mulheres foi preso em Vitória da Conquista. (Foto: Reprodução/TV
Sudoeste)
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A delegada Decimária Cardoso, que investiga o caso do homem preso suspeito de estuprar, ao menos, 15 mulheres no município de Vitória da Conquista, região sudoeste da Bahia, informou ao G1, nesta sexta-feira (22), que a dificuldade de localizá-lo durante os quatro anos que duraram as buscas foi provocada porque além de atuar encapuzado, ele mudava muito de aparência e não tinha residência fixa.
Ainda de acordo com a delegada, o homem já confessou alguns dos estupros e alegou que há casos que ele não se lembra. Ele já tinha passagens na delegacia por roubo. A polícia chegou até Armindo Pereira dos Santos através de perícias no local onde as vítimas foram atacadas e relatos das mulheres violentadas.
Conforme Décimária Cardoso, algumas vítimas estiveram na delegacia após a prisão dos suspeitos e disseram que, embora o suspeito usasse o rosto coberto, tinha semelhanças com o autor do crime. O homem está custodiado no Presídio de Vitória da Conquista.
Prisão
Armindo Pereira dos Santos foi preso quando saía da casa onde morava, no bairro Vila Eliza, durante uma operação que envolveu investigadores da Delegacia da Mulher da cidade, da 10ª Coordenadoria de Polícia Civil do Interior (Coorpin) e do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (DRACO).
O último estupro cometido pelo suspeito, segundo a polícia, ocorreu no dia 16 de julho, no bairro Vila América, em Vitória da Conquista.
Com o suspeito, a polícia disse ter apreendido vários CDs e DVDs piratas, chips, cartões de memória, carregadores de celular, um revólver de plástico, além de ferramentas, que, segundo a polícia, eram utilizadas durante os crimes, como um alicate e uma lanterna.
De acordo com a delegada Decimária Cardoso, o suspeito agia nos bairros Panorama, Urbis 6, Nova Cidade, Primavera e Santa Cecília, além de localidades da zona rural do município.
"Ele costumava abordar as vítimas no final da tarde ou então no período da noite. As vítimas relataram que ele usava luvas para poder abrir as cercas, para levá-las para o mato, e costumava usar lanterna e alicate para cortar os fios de arame dessas cercas", destacou a delegada.
Ainda segundo a delegada, Armindo abordava as vítimas dentro de casa ou nas ruas, mesmo quando estavam acompanhadas. "Muitas vítimas eram jovens e estavam vindo da escola ou de outros locais. Ele não se intimidava se a vítima estava acompanhada. Inclusive, já teve ocasião em que ele abordou vários estudantes. Ele também invadia propriedades rurais e fazia todos que estavam no local de reféns", disse a delegada.