Atuando no ramo de pesquisas de opinião pública, eleitoral e de mercado há mais de 20 anos, o Jornal O Eco, através do jornalismo investigativo, buscou apurar os motivos de diversas falhas no sistema do portal TSE, que permitiu a inclusão de Empresas e a ação de “Supostos Profissionais Estatísticos”, que registraram pesquisas duvidosas e FRAUDULENTAS, em diversos municípios da nossa macrorregião. Levantamentos que ao nosso ver, tinham o objetivo de favorecer candidatos em desvantagem eleitoral junto à opinião pública.

O esquema que certamente deve virar caso de polícia, foi monitorado pelos nossos profissionais que atuam nesse ramo há anos e intrigados com a verdadeira enxurrada de pesquisas e “Institutos de véspera de eleição”, decidiram investigar a fundo a origem de tais empresas, documentação e registros. Finalmente, na tarde dessa segunda-feira(22), chegou-se à ponta escondida do que pode ser um iceberg de manipulação de resultados, que pode representar a indução do eleitor, além de crimes como falsidade ideológica, estelionato e graves crimes eleitorais, cujas penas previstas, vão desde multas que chegam a R$ 150.000,00 (Cento e cinquenta mil reais), a pena de prisão.

Ocorre que, ao suspeitarmos de “supostas pesquisas” que apresentavam resultados totalmente inconsistentes, além de irregularidades gritantes nos respectivos registros, tendo inclusive, uma dessas empresas como atividade principal indicada no seu CNPJ “TRANSPORTE ESCOLAR”, aprofundamo-nos e detectamos erros gravíssimos que ferem o art. 33 da Lei nº 9.504/97.

Iniciamos então, um levantamento detalhado sobre dados informados, documentação apresentada e a veracidade das informações prestadas junto ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), junto ao CONFE (Conselho Federal de Estatística) e mais especificamente, junto ao CONRE (Conselho Regional de Estatística), com sede em Salvador, cuja jurisdição abrange os Estados de Alagoas, Bahia, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe, Conselho ao qual somos associados desde o ano de 2008.

Apesar de termos a convicção de que algo estava errado, tendo inclusive ciência de impugnações e suspenção de pesquisas por falta de elementos e informações básicas nos respectivos registros, necessitávamos de provas materiais concretas para expormos de público essa perigosa farsa.

A comprovação veio de forma oficial. Após consultas, foram emitidos certificados assinados pelo Sr. Nilo Batista da Silva Júnior – Presidente do CONRE 5ª região, atestando para todos os fins de direito, que tanto a empresa Jose Ricardo Rocha de Souza – Me / Agilidade, quanto o Sr. Gerson Rodrigues Primo Junior, que se diz Estatístico registrado no CONRE 2ª Região sob nº 9592, NÃO POSSUEM REGISTRO VÁLIDO no CONRE 5ª Região, seja de caráter principal ou secundário, portanto não existem para a entidade, não estando em pleno direito do exercício profissional nesta região. (Documentos em anexo).

Fica portanto comprovados os crimes citados, pelos quais deverão responder os sócios proprietários. Além desta, existem ainda, outras empresas da região, que registraram e divulgaram pesquisas através da coordenação do Sr. “Estatístico” Gerson Rodrigues Primo Junior (Se é que essa pessoa realmente existe).

Fica o alerta aos leitores, eleitores e políticos, sobre a existência de tais manobras criminosas que somente vieram à tona hoje, através do trabalho dedicado e imparcial da equipe do jornal O Eco na região.

Samuel Rodrigues de Lima 

Jornalista – DRT/BA  MTE 5232