O tráfego intenso e a vida corrida de quem mora em grandes metrópoles são fatores que intensificam as chances de acontecer acidentes de trânsito. Ainda mais quando o motorista conduz o veículo com sono.
 
A sensação de cansaço interfere nos estímulos do corpo e o faz ficar mais lento, por isso, quanto mais sonolento, menos o condutor conseguirá agir a tempo para desviar de uma batida ou corrigir a direção do seu veículo.
 
De acordo com dados da Associação Brasileira do Sono (ABS), 30% das mortes em rodovias brasileiras são causadas por motoristas que dormem ao volante.
 
 
Segundo a especialista do sono, Dra. Luciane Mello, o sono costuma aparecer a cada doze horas devido à produção de um hormônio chamado melatonina. E é preciso estar atento aos sinais que o organismo dá de que o corpo está sonolento e cansado, como os bocejos frequentes e dificuldades para manter os olhos abertos.
 
Além disso, o estresse é um dos fatores que mais refletem na qualidade do sono e que pode trazer prejuízos. “Quando não dormimos o suficiente, as funções diárias do organismo são prejudicadas pela sonolência.
 
Podemos apresentar alteração na memória e na atenção, e geralmente essa situação é acompanhada pelo estresse, que provoca um estado hiperativo em que os pensamentos estão acelerados, atrapalhando ainda mais o período de sono”, explica a especialista.
 
Segundo a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) dormir mal pode reduzir a concentração do condutor no trânsito em até 50%.
 
“É recomendável que o período de sono dure entre 7 a 9 horas. Porém, cada organismo pode responder de uma forma sobre quantas horas de sono são suficientes, por isso, devemos manter uma rotina de sono e descanso e que seja suficiente para estarmos alerta e dispostos durante o dia”, finaliza Luciane.