Diabético e com problemas de hipertensão, no dia 1º de setembro, após pedido da defesa, a PGR havia dado parecer favorável pela liberdade provisória, mas ainda não havia despacho do STF sobre a solicitação.
Empresário baiano de 46 anos e membro de uma família de políticos do interior da Bahia, Cleriston Pereira da Cunha foi preso em janeiro após participar da invasão dos prédios dos Três Poderes. Nesta segunda-feira, 20, ele morreu enquanto estava em um banho de sol, na Penitenciária da Papuda, em Brasília. Conhecido pelos familiares e amigos próximos como “Clezão do Ramalhão”, Cleriston estava na lista de detidos durante o 8 de Janeiro e levados à Papuda no dia seguinte. A prisão em flagrante mais tarde foi convertida para preventiva e desde então ele estava recolhido na unidade prisional em Brasília.
Cleriston nasceu na Bahia, mas morava no Distrito Federal há duas décadas. No Estado natal, familiares dele têm carreiras políticas. O irmão, Cristiano Pereira da Cunha, mais conhecido como Cristiano do Ramalho, é vereador do município de Feira da Mata pelo PSD. O pai, Edson Cunha, foi vice-prefeito da cidade entre os anos de 1989 e 1992. O Irmão vereador classificou, Cleriston como uma “pessoa extrovertida, amiga e brincalhona” e um “verdadeiro patriota”.
Na Justiça, Cleriston Pereira da Cunha respondia a uma ação penal por acusações de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. O caso tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes. Enquanto estava detido provisoriamente na Papuda, ele recebia remédios controlados para a diabete e hipertensão e era acompanhado por uma equipe médica. A defesa de Cleiton, havia pedido ao ministro Alexandre de Moraes para que ele fosse colocado em liberdade provisória. No dia 1º de setembro, a Procuradoria-Geral da República (PGR) deu parecer favorável ao pleito, mas ainda não havia despacho do STF sobre a solicitação.