A seca se agrava em boa parte dos territórios baianos. Os animais estão morrendo de sede e por isso os pecuaristas estão vendendo gado abaixo do preço. Na zona rural começa a faltar água para as pessoas beberem. Foi decretado estado de emergência em diversos municípios pela estiagem queem alguns lugares, já dura três anos.
“A situação é bastante difícil”, conta um agricultor e pecuarista que sofre com as agruras, ele diz ainda que, se perder tudo o que plantou, junto com a família podem passar fome. “Não tem como buscar alimentação”, garante o agricultor.
A situação tem se agravado a cada semana. A última chuva forte aconteceu em outubro de 2011. Em janeiro choveu poucos milímetros, abaixo da média, mês passado choveu três milímetros. Com isso as plantações estão se perdendo. Os reservatórios estão secando.
A falta de chuva está levando embora as pastagens. Em vez de capim, o gado está sobrevivendo com palha. Na região de Oliveira dos Brejinhos o rio secou, no lugar onde havia o espelho d’água hoje é visto um caminho de pedras. Sem água e sem comida o gado acaba morrendo na beira do rio.Na comunidade de Caroá, lá pras bandas de Feira de Santana, as mulheres estão utilizando a água que restou de um barreiro para lavar roupa e tomar banho. “Nós estamos passando sede. O sol é muito quente e os bichos estão todos com fome e com sede e não tem como criarmos. Para beber estou pegando água na vizinha, mas o tanque dela já está secando”, disse a lavadora Maura Pinto.
Está ficando comum observar carcaças que se espalham nas pequenas comunidades. No campo do gado, muitas ofertas de animais, porque os criadores querem vender o boi antes que eles percam mais peso e valor. A arroba está caindo de preço. “Esse boi é de primeira linha e o preço é baratinho. O preço é de boi gordo”, diz o pecuarista Edmar Brandão. Ele conta que levou para venda 73 animais, já que acabou a água e o capim e ele precisa vender.