Parece que a paciência da população de Livramento de Nossa Senhora vem diminuindo a cada dia com a falta de atenção da atual administração municipal. Críticas antes tímidas, se tornam ferrenhas, especialmente no que diz respeito a falta de atenção para com os atendimentos e serviços básicos e a ausência de diálogo e sensibilidade com os problemas que afligem as comunidades.
Eleito pregando a continuidade do progresso, maior atenção às famílias carentes e prometendo empenho total no cumprimento dos anseios da população, o atual prefeito Ricardinho não consegue corresponder às expectativas e já é visto com certa decepção por moradores que afirmam terem se arrependido do apoio e voto dados ao atual mandatário.
Talvez pela postura impopular com a qual busca gerir a coisa pública, o prefeito tem sido alvo de críticas cada dia mais frequentes, dando conta de que tem tratado a gestão pública municipal da mesma forma fria como administra seus negócios particulares, ou seja, as queixas principais apontam para a distância crescente entre o povo e o poder em Livramento de Nossa Senhora.
O site Livramento Hoje, exemplifica tal situação incômoda ao registrar por exemplo, o problema da dificuldade de se obter medicamentos na Farmácia Básica do município. Segundo o portal “O que chama a atenção é que as queixas relatam a falta de medicamentos básicos e de uso contínuo, como os utilizados no controle da pressão arterial e da diabetes”.
Ainda segundo a postagem, um leitor pedindo para que sua identidade fosse preservada, assim desabafou: “já estive lá diversas vezes e é raridade encontrar alguma medicação que utilizo. Sou diabético, tenho problema de pressão e agora estou sendo obrigado a comprar”. Diante da crise enfrentada pelo nosso país, com números alarmantes de desempregados, o gasto com medicamentos tem pesado ainda mais no bolso do livramentense e o poder público parece omisso.
O site ouviu de um figurão do grupo do prefeito Ricardinho (Rede) que a alegação da gestão é que tem tido problema com o fornecedor, no entanto, o mesmo ponderou que “a verdade é que ninguém consegue uma bala doce na prefeitura”.
“Se por um lado os sete meses de mandato não foram suficientes para solucionar a falta de medicamentos para quem realmente precisa, na outra ponta vemos o Ministério Público investigando gratificações supostamente abusivas destinadas a poucos ocupantes de cargos na prefeitura”. Resumiu.
De fato, é visível que a atual administração desde janeiro até os dias atuais, patina sem rumo pré-definido, visto que não se observa grandes realizações em sete meses, estando à dever na sua atuação, pelo menos o cumprimento das promessas de campanha, ou no mínimo, a concretização das propostas registradas no TSE junto ao registro da candidatura. Com isso o povo reclama com razão e autoridade. Não somente da falta de medicamentos, serviços básicos e atendimento humanizado, como também, clama por grandes ações em um município que figura entre os que mais arrecadam recursos, sejam de repasses constitucionais, impostos, convênios ou emendas parlamentares. Há inclusive os mais exaltados, que já profetizam ser o prefeito um homem difícil, “político de um mandato só”.
Mesmo diante de dificuldades, já enfrentando a insatisfação popular ainda é possível reverter tal quadro. Basta ouvir a comunidade, redirecionar eventuais posturas equivocadas, inciando pela reaproximação do governo com o povo. Desta forma, poderá corrigir erros e com humildade, realizar as ações que o município espera e necessita.
Uma simples busca no portal do tesouro, aponta que somados apenas os repasses do FPM e do FUNDEB, A prefeitura de Livramento recebeu quase 26 milhões de reais no período de janeiro a julho de 2017. Isso sem citar os demais repasses federais que todo mês chegam, aliados a ICMS, IPTU, ISS dentre outras fontes. Em suma, estima-se que tudo isso somado com as emendas parlamentares, convênios etc, o município arrecadou em pouco mais de sete meses cerca de 30 milhões de reais.