Um dia após a posse do novo diretor-geral, Fernando Segóvia, a Polícia Federal deflagrou a 47ª fase da Operação Lava-Jato. Estão sendo cumpridos 14 mandados na Bahia, Sergipe, Santa Catarina e São Paulo.
Um mandado de prisão temporária foi expedido para a Bahia. Além disso, são oito de busca e apreensão e cinco de condução coercitiva. Os crimes investigados nessa fase são de corrupção e lavagem de dinheiro.
São investigados empresas e sócios suspeitos de atuar em um esquema de repasses ilegais de uma empreiteira para um funcionário da Transpetro, que é uma subsidiária da Petrobras, em troca de contratos com a estatal.
Essa fase da operação foi batizada de Sothis, em referência à uma das empresas investigadas chamada Sirius. “A estrela Sirius era chamada pelos egípcios de Sothis”, explicou a corporação.
Ao G1, o Ministério Público Federal (MPF) informou que o mandado de prisão foi para um ex-gerente da Transpetro. Ainda segundo o órgão, o ex-funcionário e seus familiares são suspeitos de operacionalizar o recebimento de R$ 7 milhões em propinas pagas por empresas de engenharia, entre setembro de 2009 e março de 2014.
Esquema
Segundo o MPF, os valores foram pagos em benefício do Partido dos Trabalhadores (PT). As investigações começaram após colaborações premiadas de executivos da empresa investigada. De acordo com o MPF, há provas que indicam o ex-gerente recebeu subornos para favorecer a empresa em contratos com a Transpetro.
O valor teria sido pago por meio de depósitos em contas bancárias de terceiros e familiares, vindo de contas da empresa de engenharia ou de seus sócios. Foram pagos 5% do valor dos contratos com a autarquia.
“Este valor foi pago mensalmente em benefício do Partido dos Trabalhadores (PT), de modo independente dos pagamentos feitos pela mesma empresa a pedido da presidência da Transpetro, e que eram redirecionados ao PMDB. O ex-gerente se desligou da subsidiária da Petrobras recentemente”, disse o MPF.
Essa fase da operação foi batizada de Sothis, em referência à uma das empresas investigadas chamada Sirius. “A estrela Sirius era chamada pelos egípcios de Sothis”, explicou a corporação.