FOTOS: ARQUIVO JORNAL O ECO

De acordo com notícias que circulam hoje em diversos veículos de comunicação do Brasil, centenas de barragens foram listadas como deficitárias e com sérios problemas de manutenção devido principalmente à incapacidade de fiscalização comprovada pelo governo federal. Infelizmente, a nossa Barragem do Zabumbão em Paramirim, está entre as dez represas da Bahia, que se encontram em estado de abandono total, tendo sido dado o alerta de possível rompimento.

De acordo com a nota oficial, a Bahia registra dez barragens com maior risco de rompimento, maior número entre os reservatórios de todos os estados do país. Os dados são de um relatório da Agência Nacional de Águas (ANA), referente a 2017, divulgado nesta segunda-feira (19) pela Folha de São Paulo. As barragens apontadas na Bahia estão na categoria de risco e de dano potencial associado, o que representa risco de rompimento devido à falta de manutenção adequada.

Conforme o relatório amplamente divulgado, em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), foi constatado árvores e formigueiros que comprometem a estabilidade do reservatório. As demais barragens baianas apontadas com problemas são: Pinhões, Araci, Afligidos, Apertado, Zabumbão, Luiz Vieira, Cipó, Tábua, RS1 e RS2.

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Como se não bastasse o clima de apreensão e muita preocupação com o reservatório da Barragem do Zabumbão cada dia mais baixo, estando neste momento em estado crítico, conforme documentários apresentados pela nossa reportagem. A notícia assustadora que confirma os riscos de rompimento, caso acumule água e retorne aos níveis anteriores, deixam evidenciada omissão, irregularidades e incompetência nas obras de reparo, realizadas após denúncia do Jornal O Eco. Nossa reportagem alertou sobre a existência de fissuras localizadas na parede da Barragem e próximo ao sangradouro.

Na época, engenheiros, técnicos e representantes de órgãos responsáveis, constataram a veracidade da denúncia, tendo um dos prepostos declarado que aquele era um problema grave e poderia comprometer toda a estrutura do reservatório, pois com as chuvas, essas FISSURAS poderiam aumentar e se nada fosse feito, poderiam contribuir para o rompimento da barragem.  Muito preocupado, o prefeito de Paramirim, à época, encaminhou reivindicações aos órgãos competentes, inclusive a CODEVASF autoridades do estado, tendo sido autorizados os “reparos”, porém, pelo visto, não resolveram em definitivo o problema, que agora vem à tona, colocando em xeque a credibilidade dos responsáveis pelos serviços.

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Nossa reportagem acompanhou o desenrolar dessa novela, naquele período, culminou com a liberação de verbas da ordem de meio milhão de reais, repassados para uma empreiteira que realizou “a intervenção técnica”, utilizando, segundo os encarregados, equipamentos modernos e pessoal especializado, “sanando de uma vez os danos existentes”, tudo isso merece uma investigação rigorosa, para que se apure o que de fato ocorreu e porque o problema continua e se agrava ao ponto de virar notícia nacional.

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Constata-se abandono total da barragem, que ao longo desses anos, vem sofrendo com a falta de manutenção e cuidados simples, como a limpeza das calhas d’água, que recebiam as precipitações na parede da barragem, direcionando-as para os canais adequado, hoje tudo isso encontra-se entupido, coberto pela terra trazida pelas chuvas. É dever da imprensa alertar para qualquer tipo de ameaça à sociedade. Este caso é grave e merece atenção. A barragem do Zabumbão, além de todo o sofrimento com a escassez e má utilização da água, está abandonada e apresenta  graves problemas estruturais e de manutenção já detectados pelos próprios técnicos da empresa responsável CODEVASF.