Boa parte do comércio de Conquista não abriu, mesmo com a permissão do prefeito.

Isolado em suas medidas de reabrir o comércio de Vitória da Conquistam o prefeito Herzem Gusmão (MDB), definiu pela revogação do Decreto 20.246, que permitia a reabertura do comércio da cidade, segundo nota oficial divulgada pela prefeitura na tarde de ontem. A decisão foi publicada em Edição Especial do Diário Oficial do Município.

O decreto permitia que o comércio funcionasse em tempo integral, mas as lojas iriam revezar o funcionamento, em turnos diferentes, de acordo com esquema previamente definido. Ainda na nota da prefeitura, é informado que o Gusmão também irá modificar grande parte da composição do Comitê Gestor de Crise.

O secretário da saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, lamentou a iniciativa de algumas cidades da Bahia abrirem os seus comércios a partir dessa semana. “Acho muito ruim. Conversei com o prefeito de Vitória da Conquista e infelizmente ele está confiante que vai colocar máscara em 100% das pessoas e vai identificar 100% das pessoas”, ressaltou, em entrevista à TV Bahia.

“Mudou o horário de funcionamento, mas não acredito que vai funcionar. Conclamo o povo de Vitória da Conquista a não sair de casa. Essa é uma das semanas mais críticas. Os casos vão aumentar e Vitória da Conquista é um dos principais centros. Se a população estiver me ouvindo, não vá para a rua e nem para o comércio”, completou.

Desde que os primeiros casos suspeitos de coronavírus surgiram em Vitória da Conquista, várias medidas de prevenção foram adotadas pela Prefeitura através de Decretos Municipais. No domingo, Herzem Gusmão assinou o Decreto 20.246 que listava medidas temporárias de prevenção ao contágio.

Uma delas era o horário excepcional de funcionamento do comércio pelo período de 7 dias. O funcionamento se daria em horário parcial, mediante distribuição das atividades em dois blocos que se revezarão diariamente entre os turnos da manhã e da tarde, evitando a grande circulação de pessoas. Os dias de sábado e domingo iriam ficar reservados para as feiras livres e demais atividades essenciais.