Eugenildo Almeida Nunes tem prisão decretada pela acusação de exploração sexual de meninas carentes.

O empresário, identificado como Eugenildo Almeida Nunes, ainda é procurado pela polícia, estando foragido após ter a prisão temporária decretada. Nunes é acusado de estupro de vulnerável contra duas adolescentes, de 15 e 13 anos, em Ubatã, na região baiana do Médio Rio de Contas. O Ministério Público do Estado (MP-BA), junto com a Polícia Civil deflagraram a Operação Cilada, que investiga o caso desde novembro do ano passado.  Aparelhos eróticos, lingeries, lubrificantes e armas foram apreendidos durante a Operação Cilada, deflagrada pelo Ministério Público estadual no município de Ubatã, no sul da Bahia, próximo às cidades de Ilhéus e Itabuna. Realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), em conjunto com a SSP e Policia Civil, a operação objetivou obter novas provas contra o empresário da região investigado por “explorar sexualmente meninas de famílias carentes, fazendo promessas e oferecendo dinheiro, presentes, e até mesmo casa e emprego para a sua família, em troca de favores sexuais”.

Os mandados de busca e apreensão ocorreram nos endereços profissional e residencial do empresário e também o mandado de prisão temporária expedido pela Justiça contra o investigado, a pedido do MP. Segundo o Gaeco, a investigação realizada até o momento demonstra que o empresário “praticou estupro de vulnerável de pelos menos duas adolescentes, irmãs, filhas de funcionário de uma de suas empresas, pelo período de dois anos, quando as vítimas tinham 15 e 13 anos”.  Ainda conforme o Gaeco, o empresário utilizou seu poder econômico na região de Ubatã, para inibir que vítimas e testemunhas colaborassem com as investigações, por meio de ameaças de demissão de funcionários de suas empresas ou oferecendo compensação financeira. No entanto, as vítimas apresentaram ao MP vídeos de relações sexuais com o investigado e relataram que sofreram ameaças de morte para não o denunciar.

Vale ressaltar, que eventuais vítimas ou testemunhas de exploração ou abuso sexual cometidos pelo empresário ou por outra pessoa podem realizar denúncias, por meio do e-mail pjustica.mulher@mpba.mp.br e dos telefones (71) 3235-0000 (Salvador e região metropolitana) e 181 (interior). As investigações são realizadas sob sigilo, para resguardar a intimidade e dignidade das vítimas.