Presidente encaminhará ao Ministério Público pedido de investigações no atendimento às gestantes e vereadores convocaram para protestos contra liberação da água.
Desde que se iniciaram os trabalhos legislativos deste novo mandato, a Câmara Municipal de Paramirim vem recebendo maior notoriedade junto à população, seja pela postura e desempenho de cada um dos edis, ou pela maior divulgação dos trabalhos, que ganham as redes sociais, com transmissões AO VIVO das sessões e relevante engajamento das pessoas, que passaram a acompanhar e interagir com as discussões sobre temas de interesse da sociedade. Percebe-se também que devido à divulgação constante, a Tribuna Livre da Casa, tem sido cada vez mais solicitada. É verdade que em algumas ocasiões os que utilizam esse espaço democrático, destoam das aspirações coletivas para promoção pessoal e até ataques a pessoas e instituições, mas, na maioria, as falas são muito proveitosas, com assuntos de extrema relevância para a sociedade.
Dentro dessa linha de interatividade, transparência para com os diversos segmentos sociais e com o desejo latente de cumprir bem o seu papel fiscalizador, na sessão legislativa ocorrida na noite da última sexta-feira (17), aconteceram novos debates sobre temas que incomodam os moradores. Inicialmente a indignação da maioria dos vereadores com a ausência do Diretor da Rede Cegonha, que, ao ser convocado para esclarecer sobre deficiências no atendimento e graves denúncias trazidas por famílias que desejam providências, não compareceu, enviando ofício, o que motivou o Presidente da Casa a esgotar as tentativas de diálogo e autorizar o jurídico a encaminhar as denúncias ao Ministério Público, pois, segundo ele, trata-se de um Programa que envolve recursos públicos federais e merece que a sua execução seja fiscalizada de perto, para o bem das famílias, das gestantes, bebês e puérperas.
Na mesma sessão, foi mais uma vez debatida a iminente construção da adutora do Zabumbão, obra polêmica que preocupa demais a população, exatamente por não possuir a barragem, condições de triplicar a oferta de água, sem que antes seja construído o reservatório de Rio da Caixa em Rio do Pires. Conforme já havia antecipado o Jornal O Eco, é grande o risco de esvaziamento do Zabumbão, o que culminaria na falta de água para todos em poucos anos. Todos os vereadores demonstraram comungar o mesmo pensamento de que devem reunir a população, convocando Tanque Novo, Botuporã e Caturama (municípios beneficiados com o abastecimento), para se unirem à comunidade de Paramirim a fim de protestarem contra a obra eleitoreira de Rui Costa. Ao final, ficou marcada uma reunião preparatória a ser realizada na próxima terça-feira, quando serão definidos parâmetros para uma manifestação que obedeça a critérios importantes diante do ambiente de pandemia.
Único ponto lamentável, foi o ataque covarde proferido por uma figurinha carimbada, que se autodeclara maior autoridade quando o assunto é Zabumbão. Pessoa pública que, ao longo da vida, sempre ocupou cargos de “indicação”, à sombra de grupos políticos e de dois ex-prefeitos, pessoa que se apresenta como representante do Comitê de Bacias e ao nosso ver, muito pouco ou quase nada de concreto realizou pela preservação da Bacia, achou-se na condição de, ao estilo negacionista e arrogante, atacar de forma leviana e bisonha o Jornal O Eco na Tribuna da Câmara de Paramirim. O ex-gerente da EMBASA, que inclusive chamou a polícia para reprimir a manifestação de agricultores da antiga Lagoa do Mato quando estes protestavam pelos seus direitos, tendo o Jornal O Eco interferido à época para evitar uma tragédia, distorceu na noite de ontem, matérias jornalísticas, citando frases fora de contexto, com a clara intenção de manchar a imagem desse veículo de comunicação idôneo que há décadas denuncia irregularidades, defendendo o Zabumbão e toda a bacia, foi alvo da ira de um político fracassado, que mesmo com o apoio de dois ex-prefeitos, não conseguiu se eleger vereador nas eleições passadas e, para variar, exerce um cargo público na prefeitura de uma cidade vizinha.
Chamado para falar sobre as ações e o que poderia ser feito para convencer o governador a mudar de ideia sobre a obra da adutora, utilizou parte do seu tempo, para surfar na onda do protesto e agindo com a uma postura estúpida, agrediu o Jornal O Eco, distorcendo matéria publicada, com o intuito explícito de atiçar a ira das pessoas, usando a Tribuna da Câmara para fazer do Eco o “vilão” quando na verdade, a empresa possui um histórico indiscutível de lutas em defesa do meio ambiente. Onde estava o Presidente do Comitê, quando O Eco denunciou garimpos clandestinos de ouro, que inclusive foram fechados pelo Ministério Público? Onde se escondeu o sujeito quando denunciamos as invasões e loteamento das margens do lago? E quando foi ao ar matéria sobre esgotos in natura e produtos tóxicos que caem na barragem proveniente de Érico Cardoso? Será que essa figura teve conhecimento de que O Eco patrocinou e defendeu por décadas a proibição da pesca nos períodos da piracema? Estaria esse “importante figura política” no planeta Terra quando denunciamos os derrames injustificáveis de água, inclusive causando desastre ambiental, que culminaram com o esvaziamento da barragem? É muito fácil “encenar convites” e pongar em situações de preocupação da população, difícil é comprovar postura ética e conduta coerente em defesa dos recursos naturais ao longo da caminhada.
Além de acionar o nosso departamento jurídico, que analisará medidas a serem adotadas para reparar ofensas gratuitas e calúnias proferidas contra o Jornal O Eco, de cabeça erguida seguiremos acompanhando os eventos, reuniões, protestos e defendendo não somente o Zabumbão, como também as alternativas viáveis para o abastecimento de água para quem tem sede no Vale do Paramirim. Já entramos inclusive, em contato com a assessoria de comunicação da Casa Civil e aguardamos um posicionamento do Governador sobre este impasse. Vale ressaltar, o pioneirismo do jornal ao afirmar que somente o Zabumbão não seria suficiente para abastecer toda a região. Defendemos a construção da Barragem do Rio da Caixa e seguiremos atuando em defesa de toda a população regional, sem a necessidade de buscar holofotes em momentos delicados, pois, temos consciência do nosso papel na sociedade dentre os quais, combater veementemente atitudes oportunistas de pessoas públicas, que não detém credibilidade suficiente junto à opinião popular e só aparecem nas famosas reuniões teóricas, passando-se por “salvadores da barragem”. A esses nos dirigimos para dizer: “Nos respeitem! Respeitem a nossa história no jornalismo, na defesa do meio ambiente e dos direitos sociais! Atitudes rancorosas só expõem a estupidez e oportunismo político de quem perdeu e segue menosprezando os fatos e o discernimento das pessoas.”
RELEMBRE ALGUMAS DAS DEZENAS DE MATÉRIAS DO JORNAL EM FAVOR DA BACIA DO ZABUMBÃO: