Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste
Bastante conhecido na cidade de Dom Basílio, a 54 km de Brumado, o jovem Anderson Caíres, o General Anderson, 28 anos, é um exemplo de superação. Ele nasceu com Distrofia Muscular de Cintura, uma doença neurodegenerativa que causa atrofia dos membros.
Mesmo com as dificuldades, ele não desanima e, hoje, trabalha com edição e gerenciamento de notícias em um blog local. Em uma cadeira de rodas e com os membros atrofiados, Anderson surpreende ao mostrar toda a sua agilidade ao digitar as notícias do blog no celular. “Geralmente, quando o corpo perde um sentido, o próprio organismo dá um jeito de se virar e aprimora.
Já tem 17 anos que sou cadeirante e, com o tempo, fui perdendo os movimentos e ganhando novas habilidades, tudo tem que compensar”, disse ele ao site Achei Sudoeste.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste
Com vontade de viver e de ser útil, o jovem está sempre em busca de se qualificar. “Costumo dizer que a gente tem que aprender uma coisa nova todo dia. Não pode parar. O cérebro é como se fosse um músculo, se vai na academia para malhar, e o cérebro tem que estar todo dia atualizado (…) se o cérebro estiver em perfeita sintonia, o corpo vai dar um jeito de atender as ordens dele”, completou.
Sobre a questão da acessibilidade, o jovem lamentou que, mesmo com a lei federal, ainda faltem equipamentos acessíveis para quem necessita. Segundo ele, não se trata apenas de ruas, mas de uma série de aparelhos e estruturas para tornar a vida de quem tem alguma deficiência física mais fácil.
Apesar do avanço lento no que se refere à acessibilidade, ele não desanima e leva a vida com bom humor. “O mal humor não vai adiantar nada, então o melhor remédio é sorrir. Dizem que cada gargalhada que a gente der, aumenta três segundos de vida. Pelos meus cálculos, eu já sou imortal”, brincou o palmeirense fanático.