Menina de 14 anos foi ouvida no Derca - Foto: Joá Souza | Ag. A TARDE
 
O estudante de direito Tufi Hassan Xavier, 29 anos, foi preso na tarde desta sexta-feira, 4, no Rio Vermelho, suspeito de aliciar e explorar sexualmente uma adolescente de 14 anos.  A Polícia Civil investiga se outras duas adolescentes de 13 e 14 anos, amigas da garota, também foram abusadas por ele.
 
Tufi foi detido por investigadores da 7ª DT (Rio Vermelho)  na Rua Fonte do Boi, próximo ao Hotel Ibes,  após marcar um suposto encontro com a adolescente.
 
Ele foi encaminhado à  Delegacia Especial de Repressão a Crimes contra a Criança e o Adolescente (Dercca), onde foi autuado pela delegada Simone Malaquias por exploração sexual e por armazenar no celular fotos de duas das três garotas em trajes íntimos.
 
As imagens  das meninas foram feitas no último dia 1º, no apartamento dele, no Jardim Apipema.  Foi neste dia que, segundo familiares das adolescentes, duas  mantiveram relação sexual com o suspeito.  Tufi foi localizado pelos policiais depois que a mãe de uma das vítimas, uma operadora de telemarketing de 33 anos, se passou pela filha e marcou um encontro com ele, via aplicativo WhatsApp.
 
“Ele vinha conversando com ela no Facebook. Ficava perguntando se ela não iria buscar o presente que havia comprado. Como ela não respondia, ele insistiu dizendo que iria desistir de entregar o presente”, contou a mulher como descobriu o aliciamento da filha.
 
 
Negou o crime
 
Ao saber que o pai de Tufi trabalha na 1ª Vara da Infância e da Juventude, a mãe de uma das vítimas bradou. “Quero ver e com você, ele [pai] vai ter a mesma postura que tem com os outros que fazem a mesma coisa”. Na delegacia, Tufi demonstrou tranquilidade e negou o crime. A adolescente de 14 anos também esteve na tarde desta sexta na Dercca.
 
“Segundo ela, as amigas não tiveram relação sexual com ele. As meninas ficaram no banheiro”, revelou a delegada Simone Malaquias. Conforme familiares, a garota de 13 anos também foi abusada pelo suspeito. Ela não foi à delegacia porque estava muito debilitada devido a efeitos colaterais dos remédios que precisou tomar.
 
Revolta na delegacia
 
“Seu miserável, seu ordinário. Ela tem mãe, ela tem mãe que olha o Face”, desabafou a mulher, ao ver o suspeito na Dercca. Segundo ela, a filha contou que, durante a relação sexual, Tufi não usou preservativo e que, após o ato, mandou que ela tomasse um comprimido. A mãe acredita que o remédio que a garota tomou foi uma pílula do dia seguinte (medicamento para evitar gravidez). 
 
Na quarta-feira, 2, a menina fez exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal Nina Rodrigues e foi encaminhada ao Hospital Couto Maia, onde tomou algumas injeções e o coquetel que previne doenças sexualmemte transmissíveis. Até o dia 28 deste mês, ela terá que ir ao hospital para tomar outros medicamentos.