Antes do pronunciamento, Bolsonaro combinou casa, salário e advogados com Waldemar.

Após a maior decepção já sofrida pelo líder de extrema direita que foi derrotado exatamente pelo Nordeste, tida como a região mais sofrida do país, o ‘Mito’ para seus alienados seguidores, enfim entregou as armas. Em um discurso apequenado, como sempre foi o seu estilo, reconheceu a derrota e foi chorar nos pés dos ministros do STF, dizendo que acabou, tentando minimizar as punições que estão por vir. Antes disso, no seu isolamento ele tratou de garantir através de Waldemar Costa Neto, presidente de um partido que era nanico e se tornou forte através da ceita bolsonarista, benefícios que irão lhe assegurar mordomias a partir de 1º de janeiro. Waldemar Costa Neto, garantiu que vai bancar salário, casa e advogados para Bolsonaro a partir de 2023.

O objetivo de Bolsonaro era usar os protestos para provocar um motim policial, mas ele perdeu também a “batalha das estradas” a partir do momento que a população, as instituições e as organizações se voltaram contra a baderna dos seus grupelhos. De agora em diante, os poucos alienados que resistirem, serão expulsos inclusive com uso de força. Como alternativa ao plano inicial, o “Mito” que afundou o país em dívidas e divisões, fez um pronunciamento covarde e cifrado para tentar manter a mobilização dos seus fanáticos. O PL, partido de Jair Bolsonaro, acertou com o mandatário que bacará as despesas dele a partir de 2023, quando deixará o Palácio do Planalto.

Também ficou acertado que a legenda bancará as despesas do aluguel de uma casa e de um escritório em Brasília, além de advogados para defender Bolsonaro nos diversos processos aos quais responde no STF (Supremo Tribunal Federal) e em outras instâncias, uma vez que ele não poderá contar mais com a proteção de Aras e o aparato institucional, pago com dinheiro do povo. Atualmente são 58 processos no STF e todos podem “descer” para a 1ª instância. Apesar disso, a ideia do PL, que foi alçado por Bolsonaro, é permitir que o atual presidente seja a “principal liderança política da oposição” durante o terceiro governo Lula.

O jornalista Kennedy Alencar, fez uma leitura perfeita sobre Bolsonaro ter perdido o “terceiro turno” ele disse em sua coluna, que o discurso do presidente foi uma tentativa de negociar algum tipo de anistia. “Ele tentou um golpe tabajara que fracassou. Bolsonaro achou que esse bloqueio iria levar massas para a rua, uma coisa meio que Jânio Quadros, em 1961, quando renunciou achando que voltaria nos braços do povo”, disse Kennedy. “O Bolsonaro está isolado. Já chegou à eleição isolado politicamente do ponto de vista de qualquer apoio para uma tentativa de golpe”, prosseguiu. “Na noite da eleição, o contragolpe civil funcionou na hora. Lula teve reconhecimento internacional super-rápido, ministros do Supremo ligaram para ele e o Centrão abandonou Bolsonaro na largada, o primeiro foi Arthur Lira”, destacou.