Jair Bolsonaro definitivamente tornou-se um risco à saúde e ao futuro do Brasil.

Continua um mistério se Jair Bolsonaro contraiu ou não o coronavírus. O hospital que fez o teste no ex-capitão e na primeira-dama, Michelle, divulgou a lista de infectados, mas omitiu o nome de dois pacientes por “questões de sigilo”. Uma junta psiquiátrica não teria, no entanto, nenhuma dúvida: Bolsonaro sofre de transtornos mentais e precisa ser interditado a bem do País.

No pronunciamento em cadeia nacional na noite desta terça-feira 24, recebido com os panelaços costumeiros dos últimos dias, o senhor que ocupa provisoriamente a cadeira da Presidência da República prestou outro enorme desserviço ao negar as evidências e as informações médicas, a experiência internacional e o bom-senso.

Voltou a chamar a pandemia de “gripezinha”, valeu-se de uma falsa premissa (a de que grupos de riscos não precisam ser isolados) para confundir e desinformar a população, feriu o pacto federativo ao incitar uma rebelião contra as decisões responsáveis de governadores e prefeitos e, de forma mesquinha, traço de seu caráter, aproveitou o espaço na tevê e no rádio para vendetas.

Os meios de comunicação foram os alvos preferenciais, mas sobrou até para o médico Drauzio Varella. Em vez de contribuir para a união nacional em momento tão difícil, abusou do tempo e da paciência dos brasileiros para promover uma luta política contra seus desafetos.

Bolsonaro definitivamente tornou-se um risco à saúde e ao futuro do Brasil e demonstrou não ter a mínima condição moral e psicológica para chefiar a nação. Fosse o País dotado de instituições sólidas e homens públicos altivos, este senhor, eleito de forma contestável na esteira de um golpe, seria imediatamente removido da cadeira que não tem condições de ocupar.