Apesar das atenções estarem voltadas para a movimentação em torno da reforma da Previdência na Câmara dos deputados, é inegável que nos municípios, as coisas giram em torno de articulações políticas visando o pleito municipal do ano que vem. Até os deputados que no âmbito nacional, aparentam foco nas discussões do governo, no fundo estão com o pensamento voltado para suas bases, avaliando coalizões, afinal, é nos municípios que vive o eleitor, onde todos os projetos políticos são avaliados e o voto decide tudo.

Ao longo de 23 anos vivenciando os bastidores políticos, o Jornal O Eco segue acompanhando de perto cada passo de gestores, Câmaras Municipais e lideranças políticas que se movimentam em busca do almejado sucesso nas urnas. Há algum tempo, percebemos que caso se confirmem as eleições de 2020, ou mesmo se forem prorrogadas para 2022, teremos fatores inéditos, condições atípicas, situações que exigirão dos pleiteantes, não somente talento político, obras realizadas, curriculum positivo para apresentar, como também ampla visão no contexto da atual realidade no que diz respeito à publicidade.

Em tempos de redes sociais, informação digitalizada e acesso instantâneo ao público, na seara política, esses adventos podem favorecer de forma definitiva, como também representam sério risco aos que porventura utilizá-los de maneira equivocada. Transmitir ações e projetos ao eleitor de forma direta no dia a dia, se não acontecer do jeito eficiente e adequado, pode causar ao político inicialmente um desgaste pelo excesso de exposição, passando pela situação de descrédito por informações descontextualizadas, pecando por desacertos que podem significar a derrocada irreversível, esses fenômenos são notados em recentes pesquisas na região.

Dentre as causas que podem estar provocando efeitos colaterais desastrosos na vida política de muita gente, está a falta de conhecimento pleno das ferramentas adequadas, além de total descontrole na assessoria. Em todos os setores, inclusive no campo político/administrativo, existem profissionais capacitados, que cumprem a rigor suas funções, proporcionando resultados positivos ao gestor. No entanto, existem “assessores” que de forma egoísta, no intuito de atender sozinhos “todos os desejos do chefe”, pensando em obter para si todos os créditos, se aventuram em searas tão delicadas e arriscadas, como a área de publicidade e marketing.

Agindo na maioria das vezes pelo censo comum, sem nenhum parâmetro norteador, alheio a tendências, qualificação do público, distante da realidade, blindam o gestor com argumentos e elogios, apresentando algo que no fundo é furada. Esse é um dos primeiros sinais de uma possível decepção, que desencadeia um isolamento do político, despertando uma falsa relação de confiança, que na maioria das vezes, termina em fragorosa derrota. Essa vem acompanhada de decepção tardia e irreversível. Em nossa região, há casos que beiram o ridículo, quando “assessores” blindando políticos que se contentam com dezenas ou centenas de curtidas nas suas páginas, enquanto necessitam alcançar milhares de moradores.

Quando se fala em censo comum, total inexperiência na área de comunicação, o objetivo é explicitar o abismo que se apresenta a frente dos que não possuem dados específicos do público alvo, não é recomendável na era da comunicação direcionada em tempo real, permitir o disparo de informações aleatórias, enquanto o concorrente se orienta através de levantamentos detalhados, direcionando com precisão a publicidade de projetos e realizações para cada grupo pré-definido. Sem perder o entusiasmo da disputa política acalorada, para que se obtenha sucesso nos próximos embates, tornou-se imprescindível um projeto de publicidade baseado em estudos específicos, cujos dados somente são detectados por quem conhece de fato a realidade, trabalhando em sintonia com os anseios da população.

Já restou comprovado o êxito daqueles que, ao pleitearem qualquer espaço na vida política, se cercaram de gente experiente, profissionais que atuam nos bastidores de forma competente e confiável, trazendo à gestão ou ao político, orientações pertinentes, estratégias baseadas na exata interpretação do desejo popular. Ao tempo em que apresentam com autoridade de quem conhece cada detalhe, as deficiências que se corrigidas, determinam mudanças essenciais na caminhada política. O salto alto e egocentrismo na maioria das vezes plantados por quem pouco entende da área, é um desafio a ser vencido pelo meio político.