Nossa reportagem acompanhou na noite dessa quinta-feira (25), uma grande mobilização de moradores na sede de Ibipitanga. Cidadãos de todas as classes sociais se aglomeraram em frente à Prefeitura Municipal, em solidariedade aos servidores municipais que estão na iminência de serem demitidos dos seus cargos, em função de denúncias provocadas pelo ex-vice-prefeito Aluísio Antônio Mendes de Araújo (Tõe de Xavier), que desde que perdeu a eleição no último pleito para prefeito, tem disseminado acusações e formalizando  denúncias ao TCM e MP, literalmente pedindo as cabeças dos servidores.

É fato que em todas as cidades do interior baiano, existem deficiências na adequação do quadro de pessoal, fazendo-se necessárias medidas para a regularização de situações trabalhistas. Casos de contratações para suprirem necessidades na prestação de serviços à população, datam de longas datas. Diante disso, dentro do princípio da razoabilidade, observando os impactos imediatos e consequentes prejuízos para a continuidade dos atendimentos, em Ibipitanga e muitos outros lugares, os próprios gestores, veem negociando esses procedimentos, até mesmo em conjunto com as autoridades competentes e fiscalizadoras, para que adequações sejam promovidas de forma ordeira, programada e possível.

Conforme noticiamos VEJA AQUI: ( http://oecojornal.com.br/inevitavel-exoneracao-de-servidores-contratados-em-ibipitanga-causa-rebulico/), após consultas jurídicas e entendimentos com o órgão, o Prefeito se vê obrigado a acatar a deliberação do TCM, provocada por denúncia de TÕE de XAVIER, estando na iminência de despedir centenas de funcionários. Essa decisão, aliás,  já começou a ser cumprida, gerando um clima de indignação não somente nos funcionários prejudicados, como também em grande parcela da população, incluindo eleitores da oposição, que se juntaram para em solidariedade aos servidores, caminharem pelas ruas da cidade, carregando cartazes, proferindo frases de protesto e pedindo mais humanidade nas ações de pessoas como as desse político denunciante, que como definiu um dos manifestantes, “estava motivado mais pelo rancor, do que pelo desejo de colaborar com o bom andamento dos serviços públicos, quando enumerou nominalmente cerca de 380 servidores contratados, para que os mesmos fossem imediatamente demitidos”.

O clima de revolta tomou conta da querida e hospitaleira Ibipitanga, pessoas em sua maioria vestidas de preto, protagonizaram um ato de desagravo que de fato refletiu a preocupação presente em toda a comunidade. Juntaram-se aos servidores e familiares, comerciantes locais, profissionais liberais, empresários e dezenas de funcionários públicos municipais estáveis, que fizeram questão de levar solidariedade e apoio a luta pela garantia do trabalho, ali defendida pelos que estão com um pé na triste estatística do desemprego que assola também o nosso sertão. Depoimentos emocionados refletem o que sente cada morador entrevistado, diante de uma crise anunciada que irá ser deflagrada em consequência dessas demissões. Apuramos que tanto o prefeito municipal, quanto os secretários e assessoria, buscam mediações junto aos órgãos, para pelo menos minimizar o impacto. O objetivo é um planejamento adequado, para que sejam feitas as adequações sem tamanho estrago no seio do pequeno município, que tem o poder público como maior empregador.

“Acredito que essa manifestação espontânea, representou um grito de desespero de pais e mães de família. Longe de defendermos o descumprimento das Leis e normas que regem a contratação de servidores, entendemos que esse é um caso muito delicado, afinal, estamos falando de trabalhadores que estão cumprindo com mérito as suas funções, tendo nas suas atividades, a única fonte de renda para as suas famílias. Desde que assumimos, estamos engajados na regularização, buscando meios legais para o ajustamento do quadro, porém, nossa maior preocupação é social, uma demissão em massa, conforme quer promover o candidato derrotado, instigando a intransigência dos órgãos, irá provocar um efeito devastador em nosso município, com centenas de famílias perdendo o único sustento. Sinto-me angustiado com essa situação. Por isso, estamos buscando coerência e sensibilidade para chegarmos a um consenso justo. Declarou o Prefeito Edypan”.