População e lideranças regionais apoiaram a luta das famílias que vivem da agricultura familiar e passam por dificuldades com a escassez de água.

Conforme anunciado pelo jornal O Eco, uma mobilização de famílias agricultoras, fez parar a BA 148, nas imediações do acesso à sede do município de Dom Basílio, pelo tempo necessário para uma manifestação pacífica, que chamou a atenção da região para o grave problema existente na Barragem Riacho do Paulo, principal fonte de recursos hídricos, para a agricultura familiar. Com faixas e cartazes que pediam providências ao DNOCS no sentido de sanar a falta d’água, os manifestantes interromperam o fluxo de veículos e receberam a solidariedade dos motoristas, que se uniram a lideranças do movimento. Entendo que este foi um ato de desespero dos agricultores que estão perdendo suas lavouras e, consequentemente, comprometendo o sustento de suas famílias.

A manifestação ocorreu sem maiores tumultos, exceto pela longa fila de veículos e caminhões que se formou em poucos minutos da paralização na rodovia. O transtorno foi considerado necessário pela soltura da água para irrigação e manutenção da Barragem Riacho do Paulo. Os objetivos iniciais foram alcançados, pois, nossa reportagem teve informações de que a diretoria do DNOCS tomou conhecimento do protesto e já se mobiliza para o diálogo, visando resolver o impasse, que atormenta os produtores de frutas e hortaliças. Espera-se que nos próximos dias, seja realizada a troca de equipamentos hidromecânicos do açude, bem como a liberação da água para irrigação que devolverá tranquilidade para as famílias que dependem da agricultura familiar no município.

Surpreendeu positivamente a atitude do ex-vereador e ex-candidato a vice-prefeito de Botuporã, Dr. Glauber Magalhães Marques, que, acompanhado do vereador Zilmar, se somou aos manifestantes e lideranças de Dom Basílio, demonstrando sensibilidade para com as causas sociais da região, nesse caso, a luta de agricultores pela sobrevivência no Sertão. Falando a nossa reportagem, Glauber (Gau de Tila), disse que “isso é o mínimo que se pode fazer como cidadão, quando se trata de reivindicações do homem do campo pelo bem mais precioso, a água para produzir alimentos que abastecem toda nossa região”.

FOTOS: PORTAL DOM BASÍLIO