O prefeito de Curitiba, Rafael Greca, afirmou que é preciso a Justiça atender o pedido da Procuradoria Geral do Município, que pede a transferência do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva da Superintendência da Polícia Federal no Paraná, em Curitiba. Para o prefeito, a mudança do local é uma das formas de interromper o clima de beligerância na cidade. “A paz social em Curitiba só depende da Justiça”, disse Greca.

Greca criticou a violência ocorrida na madrugada deste sábado no acampamento de apoiadores de Lula, quando disparos foram efetuados contra o local, com duas pessoas feridas. Diante do ocorrido, Greca determinou que a Procuradoria Geral do Município apresentasse novamente o pedido da mudança do ex-presidente para um local mais adequado. O protocolo feito na 12ª Vara Federal em Curitiba reforça solicitação anterior, feita em no dia 13 deste mês.

Nesta nova solicitação, a Procuradoria cita o tiroteio que deixou feridos dois integrantes do acampamento da rua Padre João Wislinski, fato que motivou uma manifestação com barreira de fogo na rua Mascarenhas de Morais. A manifestação interrompeu por horas o trânsito na região.

Além de encaminhar a documentação à vara federal, o prefeito encaminhou o mesmo pedido para o juiz Sergio Moro; ao presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, Renato Bettega; governadora do Paraná, Cida Borghetti; aos representantes do Ministério Público do Paraná; aos representantes do Ministério Público Federal; ao Conselho Nacional de Justiça; ao presidente do Tribunal Regional da 4º Região, Carlos Eduardo Thompson Flores; à presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministra Laurita Vaz.

“O local oferece risco, transtorno à população, aos funcionários da própria PF, e atrapalha a rotina de prestação de serviços aos brasileiros que precisam da emissão de passaportes”, disse.

Estado de saúde de Jefferson
Jefferson Lima de Menezes, o homem de 39 anos que foi atingido no pescoço pelos disparos, saiu da UTI do Hospital do Trabalhador, onde está internado. O quadro dele é estável mas ainda não há previsão de alta. Familiares dele o acompanham no hospital. A advogava Marcia Koavoski, 42 anos, foi atingida no ombro por estilhaços do banheiro químico atingido por uma das balas. Ela não precisou ser hospitalizada e passa bem.