Mulher tentou entrar em estacionamento lotado e foi impedida pelo segurança. A médica então proferiu diversas ofensas raciais que foram confirmadas pelos clientes do local.

Segue detida em uma cela feminina do presídio Nilton Gonçalves em Vitória da Conquista, a médica que foi detida em flagrante após chamar o segurança de um bar de ‘macaco’. Ela aguarda para ser ouvida em uma audiência de custódia que deve acontecer nesta segunda-feira (6).  Clientes do estabelecimento e a população regional ainda se mostram indignados  com o caso de injúria racial cometido pela profissional de saúde contra o segurança do bar que fica localizado no Bairro Candeias. O fato lamentável aconteceu na noite do último sábado (04).

Segundo informações, a mulher teria tentado entrar no estacionamento do local, quando foi informada que não poderia porque o espaço já estava lotado. Ela se revoltou e chamou o rapaz que cuidava da segurança de “macaco”. A mulher se identificando como médica, disse que entraria no local que quisesse. A polícia foi acionada e a médica detida em flagrante, foi levada para o DISEP, onde foi lavrado o registro da ocorrência. Em seguida, ela foi encaminhada para o Presídio Nilton Gonçalves, onde está em uma cela feminina.

Como era sábado a noite, os procedimentos legais foram adotados e a audiência de custódia deverá ocorrer nesta segunda-feira (06), quando a autoridade judicial irá decidir se ela será liberada ou seguirá presa. Clientes do bar e outras pessoas que presenciaram as agressões se mostraram revoltados com a atitude e relataram para a guarnição policial terem ouvido a agressão. Baseados na nova regra, que passou a valer desde o início do ano,  as autoridades policiais efetuaram a prisão pelo crime de injúria racial, que passou a ser equiparado ao de racismo. Com o novo texto, a pena prevista para o crime de injúria racial – caracterizado quando a motivação é relacionada a raça, cor, etnia ou procedência nacional – que era de um a três anos, passou a ser de dois a cinco anos de reclusão.