Novas notícias dão conta de que o Governo Federal deve enviar nos próximos dias, uma equipe técnica comandada pelo Ministério de Minas e Energia, para uma investigação detalhada in loco no Vale do Paramirim, com o objetivo de atestar ou não a veracidade das informações repassadas pelo minerador e empresário João Carlos Cavalcanti, que anunciou a descoberta nessa região do sudoeste da Bahia, uma província mineral com valor comparável ao pré-sal brasileiro.

Inicialmente, a notícia gerou mais desconfiança do que esperança para a região. No entanto, após estudos detalhados das informações levadas ao governo, com a decisão de averiguar de perto tal possibilidade, levando em conta o aumento significativo da extração de outros minerais como o mármore que vem sendo colhido em grande escala, abriu-se uma janela de esperança, no sentido de atestar oficialmente a existência de tais reservas de minério de ferro, manganês, zinco, cobre, bauxita, fosfato, grafeno e outros minerais.

Técnicos da área, geólogos consultados por nossa reportagem, concordam que a região possui um subsolo rico em minerais e acreditam que de fato, tal descoberta pode ser real e se explorada de forma correta, poderá representar a redenção de toda a região no que diz respeito à elevação de renda, geração de empregos e por consequência, uma verdadeira revolução, melhorando a vida das famílias, que devem estar inseridas nos projetos de exploração.

De acordo com informações colhidas por nossa reportagem, a província estaria concentrada em mais de 32 municípios e se estende por uma área superior a 12 mil km². O Ministério de Minas e Energia, anunciou que já estão sendo viabilizadas as incursões para que sejam efetivadas as analises, com o objetivo de atestar a existência, avaliar potencialmente o material encontrado, bem como o custo benefício, para que sejam providenciadas permissões para exploração.

Ressalta-se que é importante o acompanhamento por parte das autoridades locais e comunidade, para que não ocorra a extração sem qualquer contrapartida para os municípios.

Ministério Público, Prefeitos, Câmaras de Vereadores, lideranças e demais moradores devem estar atentos, no sentido de que, em se confirmando tal riqueza, que seja extraída de forma correta, observando os impactos ambientais, não permitindo que gigantes da mineração, devastem a região levando embora não somente materiais recolhidos, como também todo o lucro, sem que os municípios sejam contemplados com o que lhe é de direito. Isso vem ocorrendo com algumas mineradoras que se instalaram na região.

Segundo o relatório do geólogo e empresário que identificou a jazida, diversas cidades da região estão inclusas na lista. Desde Brumado, passando por Caetité, Lagoa Real, Paramirim, Igaporã, Ibipitanga, Macaúbas, Matina, Riacho de Santana, Tanque Novo, entre outros. Cavalcanti foi responsável pela descoberta da jazida ferrífera de Caetité, considerada a maior do século XXI. Ele também descobriu uma reserva de neodímio na cidade de Serra do Ramalho, única no Brasil, inicialmente estimada em oito bilhões de dólares.

Ainda com certo resguardo, a população regional vai se informando sobre o assunto, torcendo que tudo isso seja verídico, para que uma região tão sofrida, castigada pela estiagem, pelo desemprego, falta de alternativas, possa modificar a realidade, promovendo desenvolvimento através da extração mineral legalizada, conforme determina a lei 7.805 e outras normas afins.